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Mundial- 2022: Brasil é a seleção com mais títulos em continente alheio

O Brasil, com uma vitória na Europa, em 1958, e outra na Ásia, em 2002, também é o país com mais vitórias em continente alheio, cenário que só aconteceu em quatro das 21 edições do Mundial.

Mundial- 2022: Brasil é a seleção com mais títulos em continente alheio

Além dos ‘canarinhos’, apenas conseguiram vitórias ‘fora’ a Espanha, que ganhou em África, em 2010, e a Alemanha, a primeira seleção europeia que conseguiu conquistar um campeonato do Mundo na América, em 2014.

A regra é, no entanto, o triunfo de uma das seleções do continente anfitrião, o que sucedeu 17 vezes, sendo que, em seis, ganhou mesmo a equipa da casa: Uruguai (1930), Itália (1934), Inglaterra (1966), RFA (1974), Argentina (1978) e França (1998).

Tendo em conta a supremacia das seleções do continente organizador - ainda mais vincada se forem retiradas as edições em ‘campo neutro’ (2002 e 2010), já que só seleções da Europa e da América do Sul venceram a prova -, as vitórias ‘fora’ foram claros marcos na história da competição.

Depois dos triunfos do Uruguai, em casa (1930) e no Brasil (1950), da Itália, em casa (1934) e em França (1938), e da RFA, na Suíça (1954), o Brasil tornou-se a primeira seleção a vencer fora em 1958, ao ganhar na Suécia.

O triunfo ‘canarinho’, que ainda é hoje, e sê-lo há pelo menos até 2030, o único de uma seleção sul-americana no ‘velho continente’ - onde as formações europeias venceram as restantes 10 edições -, ficou marcado pela ‘explosão’ de Pelé.

Com apenas 17 anos, Edson Arantes do Nascimento começou a transformar-se no ‘rei’ com uma série de exibições para a ‘lenda’, incluindo golos em todos os três jogos a eliminar, num total de seis, depois de ficar em ‘branco’ na fase de grupos.

Pelé marcou o golo da vitória sobre o País de Gales (1-0), nos quartos de final, logrou um ‘hat-trick’ face à França (5-2), de Just Fontainte (acabou com 13), nas meias-finais, e, a rematar, ‘bisou’ face à anfitriã Suécia (5-2), na final.

O Brasil ‘espetou’ esta ‘lança’ na Europa e, durante muitos anos, mais de meio século, ostentou o registo de única seleção a vencer fora do seu continente, já que se seguiu o ‘bis’ e o ‘tri’ dos ‘canarinhos’, no Chile (1962) e México (1970), intercalados pelo triunfo caseiro da Inglaterra (1966).

Depois, a RFA (1974) e a Argentina (1978) ganharam em casa, a Itália em Espanha (1982), a Argentina no México (1986), a RFA em Itália (1990), o Brasil nos Estados Unidos (1994) e a França no seu reduto (1998).

Em 2002, o Mundial foi atribuído à Ásia, disputando-se pela primeira vez em dois países (Coreia do Sul e Japão), e, no que foi a primeira ‘batalha’ entre Europa e América do Sul em ‘campo neutro’, foi novamente o Brasil a impor-se.

Sob o comando de Luiz Felipe Scolari, que depois viria a orientar a seleção portuguesa, os ‘canarinhos’, após uma fase de qualificação caótica, foram ‘demolidores’, chegando ao ‘penta’ após sete vitórias em outros tantos encontros.

O ‘ressuscitado’ Ronaldo, o ‘Fénómeno’, foi a grande figura dos brasileiros, que bateram Turquia (2-1), China (4-0) e Costa Rica (5-2), na fase de grupos, Bélgica (2-0), nos ‘oitavos’, Inglaterra (2-1), nos ‘quartos’, novamente Turquia (1-0), nas ‘meias’, e Alemanha (2-0), na final.

Ronaldo marcou os últimos três golos dos ‘canarinhos’, depois de Rivaldo e Ronaldinho Gaúcho, os outros dois ‘super craques’ do ‘escrete’, terem ‘arrumado’ os ingleses.

Na edição seguinte, a regra voltou a prevalecer, com a vitória da Itália na Alemanha (2006), para, em 2010, o Mundial, agora mais descentralizado, a voltar a ‘campo neutro’, desta vez com a África do Sul a receber a primeira edição em continente africano.

O Brasil entrou em prova como a única seleção que já sabia o que era vencer ‘fora’, mas, desta vez, derrotado pelos Países Baixos (1-2), caiu nos quartos de final, fase em que também caiu, nos penáltis, perante o Uruguai, o sobrevivente africano Gana.

Desta forma, ficou certo que iria ‘nascer’ um segundo vencedor fora, que acabou por ser a Espanha, que ganhou em 2010 o seu primeiro, e ainda único, Mundial, com uma equipa muito pautada pelo ‘tiki taka’ imposto por Pep Guardiola no FC Barcelona.

Mesmo sem Lionel Messi, o ‘craque’ desse ‘Barça’, os espanhóis impuseram-se na África do Sul, num trajeto em que, a eliminar, ganharam os quatro jogos por 1-0, face a Portugal (oitavos), Paraguai (quartos), Alemanha (meias) e Países Baixos (final).

David Villa afastou consecutivamente portugueses e paraguaios, Carles Puyol ‘arrumou’ os germânicos e, na final, Andrés Iniesta marcou no prolongamento, aos 116 minutos, o golo mais importante da história da ‘roja’.

Quatro anos volvidos, em 2014, o Brasil acolheu a oitava edição em solo americano e, depois de sete vitórias das seleções do continente, a ‘corda’ quebrou pela primeira vez, com a vitória da Alemanha, numa final com a Argentina (1-0).

Um golo do suplente Mario Götze, aos 113 minutos, selou o primeiro sucesso Europeu na América, depois de um trajeto da ‘Mannschaft’ marcado pela impiedosa goleada por 7-1 face ao anfitrião Brasil, nas meias-finais: o ‘Minerazo’.

Antes, os germânicos somaram dois triunfos (4-0 a Portugal e 1-0 aos Estados Unidos) e um empate (2-2 com o Gana), na fase de grupos, um sofrido 2-1 após prolongamento face à Argélia, nos ‘oitavos’, e um 1-0 à França, nos ‘quartos’.

Na última edição, em 2018, a França ‘materializou’ a supremacia total da Europa na Rússia, onde ficou certo o triunfo de uma seleção do ‘velho continente’ após os ‘quartos’, fase em que caíram as últimas ‘forasteiras’ (Brasil e Uruguai).

Em 2022, a prova realiza-se no Qatar, e tendo em conta o facto de Europa e América do Sul ostentarem 100% dos títulos e terem, novamente, todos os candidatos ao cetro, é quase uma certeza que mais uma seleção ganhará fora do seu continente.

Confira aqui tudo sobre a competição.

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