A família do campeão do mundo em 1966, Nobby Stiles, que morreu em 2020 com demência, anunciou hoje que vai processar a Federação inglesa (FA) por falta de proteção dos jogadores contra lesões cranianas e cerebrais.
Uma firma de advogados que representa várias famílias, entre elas a de Nobby Stiles, que morreu com 78 anos em outubro de 2020, acusa a FA e outras instituições de não tomarem ação para limitar o jogo pelo ar, com recurso a cabeceamentos, em treinos e jogos.
Segundo o comunicado, o protocolo que está em vigor para aferir a possibilidade de concussões durante jogos “é inadequado para o propósito pretendido”.
Especialistas diagnosticaram Stiles com encefalopatia traumática crónica, uma doença degenerativa causada por impactos na cabeça, e o filho, John Stiles, tomou como missão, desde a morte do pai, “uma campanha para expor o escândalo que é a demência no futebol”.
“Esta queixa é parte de uma campanha global para trazer justiça para as vítimas, como o meu pai, e conseguir mudanças fundamentais para o desporto, que continua a causar a morte e doença de milhares de jogadores, amadores e profissionais, homens e mulheres, todos os anos”, declarou.
Outros três internacionais campeões do mundo pela Inglaterra em 1966, Jack Charlton, Martin Peters e Ray Wilson, morreram de demência, e Bobby Charlton sofre da mesma doença.