O duelo Portugal-França, das meias-finais do Mundial de 2006, foi decidido no “pormenor”, segundo o antigo internacional Quim, ditando a derrota (1-0) e, consequentemente, a eliminação do torneio, no qual os lusos terminaram no quarto posto.
“O que me relembro é da dificuldade de passar a fase de grupos. Acima de tudo, depois de passar, são jogos que é ganhar ou ganhar. São finais e, nessa altura, estávamos preparados para essas finais”, recordou o antigo guardião, 32 vezes internacional por Portugal, em declarações à agência Lusa.
No torneio organizado pela Alemanha, depois de passar a fase das ‘poules’ com distinção, face a três triunfos em outros tantos encontros, diante da Angola (1-0), Irão (2-0) e México (2-1), os lusos, na altura orientados por Luiz Felipe Scolari, mantiveram a toada nos ‘oitavos’ e quartos’, perante os Países Baixos (1-0) e Inglaterra (3-1 nos penáltis, após 0-0 nos 120 minutos).
Contudo, no encontro das meias-finais, disputado na Allianz Arena, em Munique, a equipa das ‘quinas’ ‘caiu’ frente à vice-campeã França, por culpa de uma grande penalidade cobrada por Zinedine Zidane (33 minutos), a castigar uma falta cometida por Ricardo Carvalho sobre Thierry Henry.
“Acima de tudo, é o pormenor. Depois da fase de grupos, acho que o que importa é o pormenor, porque são jogos sempre equilibrados, seleções sempre com grande qualidade. E foi o pormenor que aconteceu aí [no jogo com a França]”, lamentou Quim, que durante a prova não somou qualquer minuto, visto que era o habitual suplente do titular Ricardo, juntamente com Paulo Santos.
Quim, que hoje completa 47 anos e que se notabilizou ao serviço de Sporting de Braga e Benfica, perspetiva uma prestação lusa no Mundial do Qatar igualmente decidida no pormenor, tendo em conta o facto de ser “um torneio um pouco estranho, diferente de todos os outros, e numa altura complemente diferente”.
O Mundial2022 disputa-se no Qatar, entre 20 de novembro e 18 de dezembro, com Portugal a integrar o Grupo H da prova, juntamente com Gana (24 de novembro), Uruguai (28 de novembro) e Coreia do Sul, de Paulo Bento (02 de dezembro).