O espanhol assumiu esta quarta-feira que fazer “parte da história do ténis é um prémio incrível”, ao receber o troféu que o consagra como o mais jovem número um mundial no final da temporada.
“Receber este troféu significa muito para mim, fazer parte da história do ténis é um prémio incrível”, resumiu em conferência de imprensa, em Turim.
O jovem de 19 anos deslocou-se à Pala Alpitour daquela cidade italiana, onde estão a decorrer as ATP Finals, competição que falhou devido a uma lesão abdominal, para receber o troféu que o consagra como o número um mundial no final de 2022.
Numa cerimónia especial, que decorreu antes do duelo entre o grego Stefanos Tsitsipas e o russo Daniil Medvedev, Alcaraz, vestido de roupa de ‘gala’, ergueu e beijou o troféu que confirma a sua entrada na história do ténis como o mais jovem líder da hierarquia no final de uma época desde a criação do ranking ATP em 1973.
“É um pouco dececionante não estar aqui a jogar, realmente queria jogar, mas estas coisas acontecem no ténis. Ao mesmo tempo, estou muito contente por poder levantar esta taça. O trabalho duro dá resultados”, notou.
Alcaraz é o primeiro jogador fora do ‘Big Four’ — Roger Federer, Rafael Nadal, Novak Djkovic e Andy Murray — a terminar a época na posição mais alta da hierarquia mundial desde 2003 e também o segundo espanhol a fazê-lo, depois de ‘Rafa’.
“É incrível que apareça um rapaz de 19 anos e faça isto, mas foi para isso que trabalhei e tentarei seguir assim. É um dado fantástico e demonstra a diferença de nível entre o ‘Big Four’ e o resto”, estimou.
O murciano viu confirmado o número um, primeiro, quando Tsitsipas perdeu na ronda inaugural do Grupo Vermelho, diante de Djokovic, e, depois, quando Nadal foi eliminado na competição que reúne os oito melhores tenistas da temporada.
“Não vou mentir: no jogo do Tsitsipas, estava a torcer pelo Djokovic, mas não posso ir contra o Rafa. Toda a minha vida torci por ele, é espanhol. Ainda que me tivesse tirado o número um, teria ficado contente”, revelou.
Alcaraz aponta aos ‘Grand Slams’ em 2023, depois de ter vencido o Open dos Estados Unidos, o último dos cinco títulos que conquistou esta época.
“Foi uma temporada muito, muito boa. A única parte negativa pode ser a lesão”, que o afastou das ATP Finals e também da Taça Davis, reconheceu.
O jovem número um diz que está “concentrado em recuperar o mais rapidamente possível” e planeia jogar o Open da Austrália, por acreditar que estará “a 100%” no início da próxima época.