A associação European Leagues (EL) divulgou hoje um apoio de 2,3 milhões de euros para liga da Ucrânia, de modo a ajudar o organismo a manter operacional o seu campeonato, que está em curso.
A medida foi aprovada na assembleia geral da EL, que se realizou na quinta-feira, no estádio do Dragão do Porto, e foi possível graças aos contributos solidários de várias Ligas nacionais.
“É um apoio destinado à Liga Ucrânia para que possa organizar a competição. Mas, indiretamente, também vai apoiar as pessoas. É um contributo que serve para, por exemplo, superarem os custos com segurança, que absorvem grande parte do orçamento, devido à situação de guerra que o país atravessa”, explicou Jacco Swart, diretor executivo da EL.
Além deste apoio à liga ucraniana, assembleia geral da European Leagues também deliberou a entrada de três novos membros, representado as ligas de Albânia, Bulgária e Malta, que aumenta para 40 o número de associados da EL.
Foi ainda decidido criar um grupo de trabalho para abordar o tema do futebol feminino, e a forma como a EL pode ajudar os seus membros a avançar com projetos neste âmbito.
Outro dos temas abordados na reunião magna da EL, além do combate à pirataria, foi a redistribuição de receitas oriundas da UEFA e a grande discrepância que existe atualmente entre os clubes participantes e não participantes nas competições europeias.
Os responsáveis da EL querem renovar, para 2024, o acordo que têm com a UEFA neste âmbito, com Jacco Swart a lembrar que “os 96 clubes que participam nas provas europeias recebem 2,7 mil milhões de euros, e os mais de 600 que não são apurados recebem apenas 175 milhões”, oriundo do fundo de solidariedade.
“Há um valor de solidariedade que é atribuído aos clubes que não participam nas provas da UEFA, e é preciso um equilíbrio na distribuição das receitas e evitar a criação de um fosso. Tem sido feito através de um memorando de entendimento com UEFA, que vai agora ser atualizado com novo formato da Liga dos Campeões, em 2024. O que é fundamental é que não se crie poucos clubes com muito dinheiro e muitos com pouco”, disse Pedro Proença, presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional, que faz parte da direção da EL.
O dirigente luso voltou a manifestar a sua oposição ao projeto da Superliga europeia, considerando que a sua existência iria “matar o ecossistema das ligas domésticas”.