A Costa Rica ‘arrancou’ hoje uma surpreendente vitória ao Japão, por 1-0, em partida da segunda jornada do grupo E do Mundial do Qatar, decidida com o golo Fuller, já na parte final do desafio.
O defesa, que alinha no campeonato do seu país, no modesto Herediano, virou ‘herói nacional’ ao marcar o tento que desequilibrou o jogo, aos 81 minutos, no único remate da sua equipa à baliza contrária.
Com este resultado, a Costa Rica, que na ronda inicial tinha saído ‘vergada’ por uma goleada (7-0) frente à Espanha, recupera as ambições de apuramento para os oitavos de final, passando, à condição, para o terceiro lugar do grupo, com três pontos.
A mesma pontuação tem o Japão, que segue no segundo lugar da ‘poule’, mas que depois de ter protagonizado uma estreia de sonho na prova, vencendo (2-1) a Alemanha, desiludiu nesta partida, com uma postura pouco ambiciosa e demasiado passiva.
Os nipónicos, que surgiram com o médio Morita, jogador do Sporting, a titular, algo que aconteceu pela primeira vez a um jogador japonês a atuar no campeonato português, e o defesa Nagatomo a bater o recorde nacional de presenças num Mundial, cumprindo a 12.ª internacionalização na competição, foram quase sempre superiores em termos territoriais, mas raramente conseguiram criar desequilíbrios.
Do outro lado, a Costa Rica, que fazia da coesão defensiva o seu maior trunfo, poucas vezes se aventurou em terrenos avançados, e não fosse um desequilíbrio de Campbell, ex-jogador do Sporting, não teria qualquer registo atacante nesta etapa inicial.
O Japão, embora instalado no meio campo contrário, não fez melhor para tentar visar a baliza contrária, e só no arranque da segunda metade conseguiu o seu primeiro remate enquadrado com a baliza adversário, num tiro de Morita que o experiente guarda-redes Navas segurou.
Ainda assim, o lance serviu para espevitar os asiáticos, que passaram então ser mais objetivos na definição final, com Endo, em duas movimentações a conseguir criar desequilíbrios.
No entanto, apesar do controlo do jogo, os japoneses não tinham ‘poder de fogo’ na altura da finalização, acabando por ser castigados com uma ‘lição’ de eficácia da Costa Rica.
O lance decisivo da partida aconteceu já aos 81 minutos, quando Morita não conseguiu afastar um mau atraso de um companheiro, permitindo a Tajeda recuperar a bola e assistir Fuller, que com um remate em arco assinou o 1-0, num lance onde guarda-redes japonês Gonda, ex-Portimonense, poderia ter feito muito melhor.
Os costa-riquenhos chegaram ao golo no único remate enquadrado com a baliza feito nesta partida, e ainda provocaram uma reação final do Japão, mas que voltou a evidenciar falhas na finalização.
O avançado Kamada, já aos 88, ainda tentou disfarçar essa pecha dos nipónicos, protagonizando um remate à entrada da área, travado com os pés por Navas, guarda-redes do Paris Saint-Germain, que fez valer a sua experiência para a Costa Rica segurar o histórico 1-0.