O treinador português despediu-se hoje do cargo de selecionador do Irão, depois do afastamento do Mundial do Qatar, garantindo que sai «orgulhoso dos jogadores» que «foram brilhantes dentro e fora de campo».
“No futebol não existem vitórias morais, mas também não é imoral conseguir realizar sonhos, desde que se tenha dado o melhor com vontade e uma mentalidade vencedora”, escreveu Carlos Queiroz, na sua conta na rede social Instagram.
O treinador português garante estar “orgulhoso” com os jogadores “que foram brilhantes dentro e fora de campo”, e acrescenta: “Foi uma honra e um privilégio fazer parte desta família do futebol que, acredito, merece total respeito e credibilidade do seu país e dos adeptos”.
A terminar, Queiroz, que já tinha orientado o Irão entre 2011 e 2019, termina a mensagem desejando a todos “felicidade, paz, sucesso e saúde”.
Na terça-feira, a seleção do Irão foi eliminada do Mundial2022 de futebol, depois de hoje perder com o Estados Unidos, por 1-0, em partida da terceira jornada do Grupo B da competição.
O Irão, que foi goleado pela Inglaterra por 6-2 e se impôs ao País de Gales por 2-0, terminou o grupo B na terceira posição, apenas à frente dos galeses.
Carlos Queiroz, de 69 anos, assumiu em setembro passado o cargo de selecionador do Irão, para orientar a equipa asiática na fase final do Mundial2022 do Qatar, sucedendo ao croata Dragan Skocic.
No Qatar, Queiroz, que foi uma promessa eleitoral de Mehdi Taj, o novo presidente da Federação Iraniana de Futebol, orientou pela terceira vez a seleção do país em fases finais de Mundiais, depois de já o ter feito na Rússia, em 2014, e no Brasil, em 2010.
No Qatar, a seleção orientada por Carlos Queiroz protagonizou algumas polémicas, nomeadamente no primeiro jogo, antes do qual os futebolistas iranianos não cantaram o hino, como uma forma de apoio às vítimas das manifestações contra o governo daquele país.
Após o jogo com o País de Gales, a Federação de Futebol do Irão queixou-se à FIFA das declarações do antigo futebolista alemão Juergen Klinsmann, considerando que as mesmas são lesivas contra o país e pediu a sua demissão do grupo de estudos técnicos.
“Disse que no jogo Irão-País de Gales, os jogadores ‘trabalharam’ o árbitro. Que isso não foi uma casualidade e que faz parte da cultura, da sua forma de jogar”, refere o Irão, justificando que Klinsmann quis dizer que os jogadores pressionaram o árbitro.