A Austrália venceu hoje a Dinamarca, por 1-0, e qualificou-se para os oitavos de final do Mundial do Qatar, proeza que alcança pela segunda vez no historial, à custa de uma dececionante seleção escandinava.
A Dinamarca, que precisava de vencer e era claramente favorita, teve mais posse de bola (69%), mais ataques (143 contra 102), mas não conseguiu materializar esse domínio consentido pela Austrália, que não só defendeu muito bem, como foi sempre mais perigosa nas transições ofensivas.
A seleção escandinava teve dificuldades para lidar com a agressividade e a pujança física dos australianos, que é um dos seus atributos, levando a melhor na maioria dos duelos individuais e não deixando o adversário jogar, pela intensidade que colocam no jogo.
O momento decisivo da partida aconteceu à passagem da hora de jogo, aos 60 minutos, quando o avançado Mathew Leckie marcou o único golo da partida, num lance de contra-ataque iniciado à saída da área australiana e culminado com um lance de um contra um entre Leckie e Maehle, com o primeiro a ‘bailar’ à frente do dinamarquês e ao fazer um remate cruzado que só parou no fundo das redes.
A Austrália apostou na estratégia de dar a iniciativa à Dinamarca, defender de forma compacta e apostar em rápidas transições para o ataque, na expectativa de uma delas resultar, como veio a acontecer, apanhando a defesa escandinava descompensada.
Faltava ainda meia hora para o final da partida, a Dinamarca ‘assentou arraiais’ no meio-campo australiano, mas a verdade é que não conseguiu criar oportunidades flagrantes de golo, a despeito do selecionador Kasper Hjulmand ter arriscado tudo na tentativa desesperada de chegar ao empate.
Um minuto antes do golo tinha trocado de avançados, o apagado Braithwaite por Dolberg, e ‘sacrificado’ Jensen para a entrada de Damsgaard, e 10 minutos volvidos ‘meteu a carne toda no assador’ com as entradas do ‘pinheiro’ Cornelius, e de Robert Skov, mas sem resultados práticos.
A Austrália, além de ser uma equipa fisicamente forte e intensa, tem jogadores que evidenciam um ‘espírito guerreiro’, o que faz com que lutem por cada bola como se fosse a última, e a Dinamarca, apesar de se ter instalado no meio-campo australiano no último quarto de hora, não conseguiu abrir brechas na ‘muralha’ defensiva dos ‘socceroos’ e criar oportunidades de golo.
A França, apesar da derrota de hoje frente à seleção tunisina, por 1-0, venceu o Grupo D, com seis pontos, seguida da Austrália, com o mesmo número de pontos (pior diferença de golos), da Tunísia, com quatro, e da Dinamarca, com um apenas.
A Austrália repetiu o feito do Mundial2006, na Alemanha, quando chegou aos oitavos de final, num grupo que tinha o Brasil, a Croácia e o Japão, ficando em segundo lugar ao vencer os japoneses e ao empatar com os croatas, registando a única derrota perante a ‘canarinha’.
Nos oitavos de final ‘caiu’ frente à Itália, perdendo por 1-0, perante a seleção que se sagraria campeã do mundo.