A 45.ª edição do Rali Dakar de todo-o-terreno decorre de 31 de dezembro a 15 jan, e terá mais duas etapas do que a edição anterior, bem como mais 450 quilómetros cronometrados, anunciaram os organizadores.
Com um prólogo seguido de 14 etapas, os 820 participantes enfrentam um total de 8549 quilómetros, 4706 deles cronometrados, com “mais dureza” do que a prova de 2022.
“No ano passado, muitos disseram que sentiam falta de mais dificuldade. O terreno nem sempre nos propicia aquilo que queremos. Por isso, tivemos que dar voltas à cabeça. Fomos em busca de mais dificuldades e de percursos mais extensos”, frisou o diretor da corrida, o francês David Castera, durante a apresentação da prova, em direto do site oficial do rali.
A edição de 2023 vai cruzar a Arábia Saudita, país que acolhe a prova pelo quarto ano consecutivo, desde a costa do Mar Vermelho até ao Golfo da Arábia.
A primeira semana será marcada pelas especiais mais longas, com mais de 400 quilómetros, enquanto as dunas chegam na segunda metade da prova, que inclui uma etapa maratona entre as 11.ª e 12.ª etapas.
Entre as novidades no regulamento, destaque para a eliminação dos descansos obrigatórios de 20 minutos a meio das etapas para os pilotos das motas, bem como um sistema de bonificação para os vencedores das etapas nas duas rodas, que até aqui tinham a obrigação de abrir a pista no dia seguinte, o que prejudicava a navegação.
À partida, no dia 31 de dezembro, num mega-acampamento criado especialmente para o efeito, estarão 455 veículos, com 820 participantes.
O britânico Sam Sunderland (GasGas) parte como favorito nas motas, depois da vitória conquistada em 2022, mas terá a concorrência da armada KTM, com o argentino Kevin Benavides e o austríaco Mathias Walkner, assim como da Honda, dirigida por Ruben Faria, com o francês Adrien van Beveren, o norte-americano Ricky Brabec e o chileno Pablo Quintanilla. A Husqvarna terá no norte-americano Skyler Howes o seu ponta de lança.
Nos automóveis, Nasser-Attiyah (Toyota), do Qatar, parte como favorito devido à vitória alcançada na edição anterior, mas a concorrência da Audi e dos seus carros elétricos, entregues ao francês Stéphane Peterhansel, ao espanhol Carlos Sainz e ao sueco Mathias Ekstrom, será um dos principais motivos de atração.
Será preciso contar, ainda, com o francês Sébastien Loeb (BRX), que foi vice-campeão mundial, precisamente atrás de Al-Attiyah.
À margem da prova principal, volta a disputar-se o Dakar Classic, para viaturas usadas em edições anteriores ao ano 2000.