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Mundial-2022: Tomás Ribeiro pede Portugal competente para bater Suíça

Portugal precisa de ser “muito competente a nível mental, físico, tático e estratégico” para se impor à Suíça na terça-feira, nos oitavos de final do Mundial no Qatar, adverte o jogador luso Tomás Ribeiro, dos helvéticos do Grasshoppers.

Mundial-2022: Tomás Ribeiro pede Portugal competente para bater Suíça
Futebol 365

“Portugal poderá esperar um jogo muito difícil, porque a Suíça tem demonstrado ser uma equipa muito competitiva e competente nos diversos momentos. Sente-se confortável a defender, é bastante compacta e tem jogadores muito experientes no miolo. Acredito que Portugal vai ter de praticar o seu melhor futebol para passar à fase seguinte”, analisou à agência Lusa o defesa, a fazer a segunda época pelo sétimo colocado da Liga helvética.

Portugal, que venceu o Grupo H, defronta a Suíça, vice-líder da ‘poule’ G, na terça-feira, às 22:00 locais (19:00 em Lisboa), em Lusail, no Qatar, no derradeiro duelo dos ‘oitavos’ da principal competição de seleções, cuja 22.ª edição se estenderá até 18 de dezembro.

“Estando o favoritismo teoricamente mais do nosso lado, é provável que Portugal possa entrar numa toada atacante e com mais bola, enquanto a Suíça tenta perceber quais os espaços que melhor poderá aproveitar. Agora, dependendo da forma como o jogo estiver a decorrer, e se Portugal não conseguir fazer o golo logo nos primeiros minutos, a Suíça também tem todas as condições para reagir e assumir as operações com bola”, reiterou.

Se a equipa das ‘quinas’ quer a terceira presença nos ‘quartos’ do Mundial, após 1966 e 2006, num total de oito fases finais, a ‘nati’ procura reintegrar o elenco dos oito finalistas como em 1934, 1938 e 1954, que valeram as melhores prestações em 12 participações.

“Como equipa ambiciosa que de certeza será, a Suíça quer chegar sempre o mais longe possível, mas acredito também que sabe que neste preciso momento tem pela frente um adversário muito difícil e estará a pensar jogo a jogo e não em chegar a uma final, ainda que esse seja sempre o objetivo. Agora, acho que tudo aquilo que conseguirem alcançar para além de terem passado a fase de grupos já é muito bom”, afiançou Tomás Ribeiro.

O defesa, de 23 anos, lembra que a Suíça “criou muitos problemas às três seleções” do Grupo G, no qual venceu Camarões (1-0) e Sérvia (3-2) e perdeu com o pentacampeão Brasil (0-1), depois de ter dominado o Grupo C da fase de qualificação europeia, à frente da campeã continental Itália, que ‘caiu’, depois, no ‘play-off’ de acesso ao Mundial2022.

“Como se costuma dizer no futebol, a motivação antes dos jogos grandes é sempre mais fácil de ser passada entre os futebolistas, até pelo facto de a pressão estar um pouco do outro lado. Ou seja, isto acabará por mexer com a equipa [teoricamente menos favorita]. Como é óbvio, tendo jogadores já muito experientes, a Suíça facilmente irá passar essa mensagem para um grande jogo contra uma grande equipa como é Portugal”, assinalou.

Tomás Ribeiro reitera a “grande qualidade como coletivo” dos helvéticos, que afastaram ainda a campeã mundial França nos oitavos de final do Euro2020, realizado em 2021, no desempate por penáltis, através do qual viriam a ceder diante da Espanha nos ‘quartos’.

“Tem muito a ver com [a presença de] jogadores que já passaram ou que estão no topo. Eles separam muito bem os momentos de irem para cima do adversário e de estarem um pouco mais expectantes. No jogo de sexta-feira com a Sérvia, a Suíça mostrou-se muito tranquila a defender, mas, quando teve de reagir e dar a volta ao resultado, fê-lo com a maior naturalidade. A equipa está à vontade para assumir um ou outro papel”, observou.

O avançado Breel Embolo (Mónaco) “tem feito um belíssimo Mundial e cria problemas às defesas contrárias”, sobressaindo com dois golos numa seleção “recheada de jogadores de imensa experiência e nome”, como atestam o médio e ‘capitão’ Granit Xhaka (Arsenal), o central Manuel Akanji (Manchester City) ou o extremo Xherdan Shaqiri (Chicago Fire).

“Não lhes faltam individualidades boas, mas, se formos a falar disso, também poderemos dizer que a nossa equipa está recheada delas. Primeiramente, penso que o jogo vai puxar bastante mais pelos coletivos, sendo que, às vezes, o individual se pode destacar. Portugal tem de estar muito concentrado em cada lance”, notou Tomás Ribeiro, com dois golos em 13 partidas em 2022/23 pelo Grasshoppers, ao qual chegou oriundo do BSAD.

Sem histórico de embates em fases finais de Mundiais, Portugal e Suíça mediram forças em dose dupla em junho para o Grupo A2 da Liga das Nações, com um ‘bis’ do ‘capitão’ Cristiano Ronaldo e tentos de William Carvalho e João Cancelo a construírem a goleada lusa em Lisboa (4-0), sete dias antes de um golo solitário de Haris Seferović, cedido pelo Benfica aos turcos do Galatasaray, ditar o êxito helvético no confronto de Genebra (0-1).

“Se há coisa que o futebol sempre nos demonstrou é que cada jogo é um jogo. Acima de tudo, Portugal terá de iniciar muito bem, sabendo que uma entrada muito boa em campo às vezes pode definir o curso da partida. Acho que estes jogos recentes vão dar apenas alguns parâmetros para que as duas equipas se estudem melhor uma à outra”, concluiu.

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