A França garantiu este domingo uma vaga nos quartos de final do Mundial no Qatar, após vencer a Polónia, por 3-1, num jogo em que Kylian Mbappé esteve em grande destaque ao marcar dois golos e fazer a assistência para o outro.
O jovem avançado, que alinha no Paris Saint-Germain, serviu Olivier Giroud para este fazer o golo inaugural, aos 44 minutos, e, já na segunda metade, ‘bisou’, marcando aos 74 e 90+1, enquanto Robert Lewandowski, aos 90+9, ainda fez, de grande penalidade, o tento de honra dos polacos.
Com esta vitória, numa partida em que a Polónia só se mostrou no primeiro tempo, a França terá pelo caminho, na próxima fase da competição, o vencedor de duelo entre Inglaterra e Senegal, que também se disputa hoje.
Neste desafio, os campeões do mundo em título entraram a querer mostrar o estatuto, revelando-se, desde cedo, mais pressionantes e encostando os polacos à sua área, não demorando a criar as primeiras oportunidades de golo.
Ainda antes do quarto de hora, um remate de longe de Tchouaméni, desviado pelo guardião Szczesny, e uma iniciativa de Dembélé, embora sem a melhor finalização, serviram de ameaças iniciais ao conjunto do leste da Europa, que, nesta fase inicial, estava mais concentrado em defender-se.
Só aos 20 minutos, os polacos conseguiram desenhar o seu primeiro contra-ataque, com Lewandowski a querer soltar as ‘amarras’ da equipa, ganhando espaço para rematar.
O lance do avançado do FC Barcelona motivou os companheiros a serem mais ambiciosos e, já depois da meia hora, foi Cash a obrigar uma intervenção atenta ao guarda-redes Hugo Lloris, que nesta partida igualou Lilian Thuram, no recorde de internacionalizações (142) pela seleção francesa.
Os gauleses sentiram esses avisos dos polacos e intensificaram o embalo para se colocarem numa posição mais confortável, com Mbappé, numa bela jogada individual, a testar, de novo, os reflexos do guardião polaco.
Ainda assim, o jogo estava em aberto, e, na outra área, a Polónia criou, aos 37 minutos, a melhor oportunidade de golo até então, com Zielinski a rematar para defesa por instinto de Lloris e, na recarga, Szymanski ver Varane a tirar a bola em cima da linha.
À infelicidade dos polacos, a França respondeu com eficácia, e, já aos 44 minutos, Giroud assinou o golo inaugural, aproveitando uma assistência de Mbappé, e tornou-se o maior goleador da sua seleção, agora com 52 golos, superando Thierry Henry.
Apesar do ‘castigo’, a Polónia ainda tentou ‘minimizar estragos’ antes do intervalo, num remate de Szymanski, às malhas laterais da baliza francesa, mantendo o 1-0 até ao tempo de descanso.
No reatamento, voltou a ser a França a entrar melhor, procurando ampliar vantagem, com Griezmann e Mbappé em destaque, perante uma Polónia, que apesar de ter o seu guarda-redes a brilhar, não conseguia, por outro lado, ter suficiente rotação ofensiva para relançar o jogo.
Perante essa incapacidade de reação dos polacos, foi a França a revelar-se, novamente, letal, e num veloz contra-ataque, trabalhado por Giroud e Dembélé, que percorreu todo o campo, Mbappé surgiu em posição privilegiada para rematar para o 2-0, aos 74 minutos.
Este segundo golo dos campeões do mundo foi um golpe demasiado pesado para a Polónia, que perdeu a força anímica para responder, deixando a partida correr até aos descontos, nos quais o jogador do Paris Saint-Germain se assumiu, então, como figura destacada da partida, ao apontar o 3-0, num remate soberbo.
O avançado de 23 anos assinou o golo 250 do seu percurso como profissional, e o nono em fases finais de Mundiais, superando o número de tentos de Cristiano Ronaldo e igualando Lionel Messi no historial da competição.
No último lance deste encontro, a Polónia ainda conseguiu despedir-se do Qatar com um golo de honra, numa grande penalidade convertida, em repetição, por Robert Lewandowski, já aos 90+9, a castigar mão de Upamecano, que fixou o 3-1 final.