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Crónica: Brasil intratável destroça Coreia do Sul numa noite repleta de samba

Quatro golos em sensivelmente quase meia hora permitiram ao Brasil ‘arrasar’ a Coreia do Sul, orientada por Paulo Bento, por 4-1, pautando o acesso aos quartos de final com o seu melhor desempenho no Mundial do Qatar.

Crónica: Brasil intratável destroça Coreia do Sul numa noite repleta de samba
Futebol 365

No Estádio 974, em Doha, os tentos de Vinícius Júnior (sete minutos), Neymar (13), de penálti, Richarlison (29) e Lucas Paquetá (36) patentearam o tradicional ‘futebol samba’ dos sul-americanos, que marcaram mais vezes neste jogo do que na primeira fase toda.

Em ‘branco’ nas primeiras partes das três partidas anteriores, o Brasil atingiu o intervalo com uma vantagem de quatro golos em Mundiais pela segunda ocasião, 68 anos depois de ter aplicado essa receita ao México, na fase de grupos da edição realizada na Suíça.

O virtuosismo do recordista de fases finais e títulos (1958, 1962, 1970, 1994 e 2002) da prova desacelerou na etapa complementar do sexto encontro dos ‘oitavos’, ‘poupando’ a ingenuidade dos asiáticos, que marcaram pelo suplente Paik Seun-gho, aos 76 minutos.

O Brasil encarará agora a vice-campeã mundial Croácia, que derrotou hoje o Japão (3-1 nos penáltis, após 1-1 no tempo extra), na sexta-feira, às 18:00 locais (15:00 em Lisboa), em Al Rayyan, na abertura dos ‘quartos’, fase em que foi eliminado em 2018, na Rússia.

Se o vencedor do Grupo G engloba pela oitava edição seguida o top-8, a Coreia do Sul, segunda classificada da ‘poule’ H, atrás de Portugal, continua sem alcançar os ‘quartos’ desde o histórico quarto lugar logrado em 2002, num torneio coorganizado com o Japão.

Três dias depois de ter gerido a condição física dos principais titulares na derrota com os Camarões (0-1), Tite fez regressar o ex-portista Danilo e Neymar, que tinham falhado os últimos dois jogos, devido a entorses no tornozelo, num total de 10 mudanças no ‘onze’.

Já Paulo Bento repetiu nove titulares, apostando de início em Kim Min-jae e Hwang Hee-chan, autor do decisivo golo da vitória sobre Portugal (2-1), mas viu o talento ‘canarinho’ estabelecer a diferença desde cedo, sem ter tempo para ‘respirar’ como contra os lusos.

Ao sétimo minuto, Raphinha, antigo jogador de Vitória de Guimarães e Sporting, tabelou na direita com Lucas Paquetá e cruzou rasteiro para a área, onde Neymar ainda falhou a emenda, com Vinícius Júnior a abrir o ativo com um ‘disparo’ cruzado ao segundo poste.

A estreia a marcar do extremo do Real Madrid no Mundial2022 seria imitada por Neymar seis minutos mais tarde, ao converter um penálti ao seu estilo face ao guarda-redes Kim Seung-gyu, após Jung Woo-young ter errado na tentativa de desarme sobre Richarlison.

Alisson voou para negar a pronta reação da Coreia do Sul, aos 17 minutos, num ‘disparo’ de longe de Hee-chan, que voltaria a atirar à figura do ‘guardião’, aos 25, por entre uma incursão por cima de Hwang In-beom, aos 18, que precedeu novo golpe eficaz do Brasil.

Aos 29 minutos, aproveitando o posicionamento adiantado de Marquinhos e Thiago Silva na ‘ressaca’ de um canto, Richarlison ganhou nas alturas a Hwang In-beom, deu vários toques de cabeça até pousar a bola no solo e triangulou com os dois centrais para o 3-0.

Os asiáticos voltaram a investir ofensivamente através de Hwang Hee-chan, que cedeu à ‘mancha’ de Alisson, aos 32 minutos, mas seriam castigados em contrapé, aos 36, com Vinícius, lançado por Neymar, a ‘picar’ na esquerda para o ‘tiro’ na passada de Paquetá.

Kim Seung-gyu impossibilitou o 5-0 a Lucas Paquetá (45+1 minutos) e Richarlison (45+4) antes do intervalo, tal como foi travando Raphinha no regresso dos balneários (46, 54 e 62), enquanto a equipa de Paulo Bento trocava de sistema para melhorar a sua imagem.

O capitão Son Heung-min (47 minutos) e o inconformado Hwang Hee-chan (68) geraram mais duas paradas vistosas a Alisson, que seria, porém, incapaz de afastar a ‘bomba’ à entrada da área de Paik Seung-ho, na segunda vaga ao livre lateral de Lee Kang-In (76).

O avanço do relógio convidou Tite a refrescar as suas opções e a apostar novamente em Dani Alves, que ultrapassou Roberto Carlos para se tornar o segundo mais internacional pelo ‘escrete’ (126), aventurando-se num ‘tiro’ em ‘vólei’ contra um rival, aos 89 minutos.

Nessa fase já estava em campo Weverton, que rendeu Alisson e foi o derradeiro dos 26 convocados do Brasil a ser utilizado no Mundial2022, sem que a Coreia do Sul, sexta e última seleção asiática a ‘cair’, amedrontasse essa gradual descompressão ‘canarinha’.

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