O selecionador francês concedeu declarações ao canal TF1 nas quais expressou um desapontamento natural após a derrota nas grandes penalidades com a Argentina, na final do Campeonato do Mundo no Qatar.
"Faz-nos sentir ainda mais arrependidos, se tivessem feito o 3-0, não haveria nada a dizer. Não fizemos o que precisávamos fazer durante uma hora. Depois, com muita coragem, energia e qualidade, levamos a Argentina ao limite. Depois disso, qual é a diferença? Não fizemos tudo bem, mas como neste Campeonato do Mundo, tínhamos coração e energia", começou por dizer.
"Renascemos das cinzas. Quando tocas em algo e se afasta de ti, é ainda mais difícil de digerir, é assim que é, temos de o aceitar. Se fiz mudanças tão cedo, foi porque não estava satisfeito e estava convencido de que podíamos fazer melhor. Isso não significa que os jogadores que saíram fossem mais culpados do que outros. Não tínhamos todos os nossos pontos fortes por diferentes razões, não vou entrar em explicações. Demos a volta a uma situação muito comprometedora graças à nossa qualidade e à nossa força mental, mas não foi suficiente", prosseguiu.
"A desilusão é tão grande que houve momentos difíceis antes e durante o jogo, mas isso não é desculpa. Tem sido uma pura alegria com a equipa técnica e os jogadores partilhar este Campeonato do Mundo. Há os jogos, mas é uma aventura humana, não devemos esquecer isso. Desse lado, só há coisas positivas. Quando o (Santo) Graal não chegava ao fim e não estávamos longe dele, dói. Vai levar tempo a digerir".
O técnico fala ainda sobre a continuação no comando dos 'bleus', sendo que não deu uma resposta definitiva.
"Mesmo que tivesse corrido bem, eu também não teria dado a resposta. O importante é a seleção francesa, acima de tudo. Vou falar com o presidente no início do ano, como planeado, veremos. Hoje à noite, não quero falar sobre isso", finalizou.