A Ford anunciou esta sexta-feira o regresso à Fórmula 1 em 2026, através da escuderia Red Bull, 32 anos depois de o alemão Michael Schumacher ter conquistado o 13.º e último título de campeão para o construtor norte-americano de automóveis.
“A Red Bull Powertrains e a Ford associam-se para desenvolver uma unidade motopropulsora híbrida de nova geração que vai fornecer motores às equipas Red Bull e AlphaTauri, pelo menos até 2030”, anunciou o fabricante.
Antes de ter sido revelada a associação à escuderia campeã do mundo de construtores, que conta com o neerlandês Max Verstappen, bicampeão do mundo de pilotos, e é atualmente equipada por motores desenvolvidos pela japonesa Honda, a Ford tinha anunciado hoje a intenção de regressar à Fórmula 1 em 2026, coincidindo com as alterações regulamentares para os motores.
“O gigante dos automóveis Ford confirmou a sua intenção de regressar à Fórmula 1 quando as novas regulamentações para os motores forem introduzidas, em 2026, o que significa que mais um capítulo vai ser escrito à rica história no desporto da empresa norte-americana”, lê-se no comunicado da Fórmula 1.
A presença da Ford no ‘Grande Circo’ começou na década de 1960, com o motor DFV (‘Double Four Valve’, com quatro válvulas por cilindro), desenvolvido com a britânica Cosworth, conquistando 155 vitórias em 262 corridas entre 1967 e 1985.
O primeiro título de campeão do mundo foi conquistado pelo inglês Graham Hill, num Lotus, em 1968, e o último por Schumacher, na Benetton, em 1994, num total de 13 títulos de pilotos e 13 de construtores – a terceira marca mais bem-sucedida da história da competição.
Cerca de 20 anos depois da última presença, que remonta a 2004, o apelo lançado pelos futuros regulamentos, com mais potência elétrica e combustíveis 100% sustentáveis, convidam ao regresso da Ford à grelha de partida.
“A notícia de que a Ford está a chegar à Fórmula 1 a partir de 2026 é ótima para o desporto e estamos entusiasmados em vê-los juntar-se aos incríveis parceiros automobilísticos que já estão na Fórmula 1”, afirmou o diretor-executivo e presidente da Fórmula 1, o italiano Stefano Domenicali.
De acordo com o responsável, o “compromisso com a neutralidade de carbono para 2030 e a introdução de combustíveis sustentáveis nos monolugares de Fórmula 1 a partir de 2026 é também uma razão importante para o seu regresso”.
O presidente executivo da Ford Motor Company, Bill Ford, reconheceu que “este é o começo de um novo e emocionante capítulo na história do desporto motorizado da Ford”, iniciado quando o seu bisavô, Henry Ford, “ganhou uma corrida que ajudou a lançar a empresa”.
“A Ford está a regressar ao topo do desporto, trazendo a larga tradição de inovação sustentabilidade e eletrificação da Ford a um dos cenários com mais visibilidade do mundo”, acrescentou.
Já o presidente da Federação Internacional do Automóvel, Mohammed Ben Sulayem, admitiu que “há poucos fabricantes que tenham uma história tão célebre no desporto motorizado como a Ford, pelo que este regresso é uma grande notícia”.