O Conselho de Arbitragem (CA) da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) condenou hoje a agressão ao árbitro João Loureiro por um jogador, que levou à interrupção do Salgueiros-Marítimo B, da série B do Campeonato de Portugal.
“O Conselho de Arbitragem da FPF condena veementemente a agressão de que foi vítima o árbitro João Loureiro no decorrer do jogo do Campeonato de Portugal Salgueiros-Marítimo B”, pode ler-se na nota deste órgão.
A partida, com policiamento, foi interrompida aos 87 minutos, quando o marcador registava uma igualdade a uma bola no Porto, devido à agressão Ao árbitro principal da partida por parte de um jogador da equipa da casa, que tinha sido admoestado com o cartão vermelho.
“O CA repudia todos os episódios de violência nos campos de futebol e lamenta que uma vez mais um árbitro tenha sido vítima de um ato indigno e cobarde. O CA manifesta total solidariedade para com João Loureiro e a equipa de arbitragem presente no jogo”, acrescentam.
Por seu lado, e também em comunicado, a Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol (APAF) lamenta “mais um fim de semana desportivo manchado por novas agressões a árbitros”.
“Já chega de continuarmos a permitir este tipo de comportamentos, que claramente condenamos, e que pessoas que não sabem estar no futebol, no desporto e na nossa sociedade o possam continuar a fazer, muito menos tendo punições muito pouco exemplares”, escreve a APAF.
No documento, é referido o embate entre Salgueiros e Marítimo B, a agressão de Hamadu Ture ao árbitro com uma cabeçada, mas também um jogo do distrital de juniores de Setúbal em que um delegado do Sesimbra “agrediu o árbitro” da partida com o União Sport Clube” e um jogo de sub-10 em que o pai de um dos atletas “agrediu o árbitro a soco depois de o jogo ter terminado”.
“Destes três acontecimentos, ressaltamos o facto dos dois primeiros serem jogos com policiamento. As forças de segurança presentes nem sempre desempenharam as suas funções da melhor forma, não detendo os agressores. É uma situação e uma forma de agir que tem vindo a ser recorrente, mas que tem de terminar de uma vez por todas. Exigimos que as entidades organizadoras das competições e as autoridades judiciais sejam céleres e severas na punição a estes indivíduos”, pediu a APAF.
A associação dos árbitro solicita ainda que “os clubes envolvidos nestes acontecimentos marquem uma posição face ao sucedido” e “não compactuam com estes comportamentos”.
“A APAF está a fazer um acompanhamento aos árbitros agredidos, prestando-lhes todo o apoio que necessitarem e trabalhando afincadamente para que os agressores sejam punidos de forma célere e exemplar”, finaliza o comunicado.