Declarações de Rúben Amorim, treinador do Sporting, após a derrota frente ao FC Porto (2-1), em jogo da 20.ª jornada da I Liga.
“[O que falha] são os detalhes. Temos perdido estes jogos nos detalhes, não os conseguimos ganhar porque não fazemos golo quando temos de fazer e depois falta-nos alguma maturidade competitiva em comparação com o FC Porto. Mas diria que são os detalhes. E há anos assim, ressaltos que dão para eles, outros ressaltos que não dão para nós e não há muito a esconder. Voltámos a perder e agora temos de pensar no próximo jogo.
[Sobre as opções de Fatawu e Chermiti na equipa titular] O Chermiti porque, pelo que tem feito até agora, merecia continuar a jogar. Depois o Fatawu é muito explosivo no um contra um e nós queríamos explorar isso. No início era para o fazer na direita, mas teve de passar para a esquerda porque o Jer [St. Juste] não estava lá e as características não combinavam. Mas foi isso que procurávamos, um jogador que é muito veloz, que é muito bom nos duelos um contra um. Procurámos isso e foi isso que ele fez um bocadinho na primeira parte.
Já vínhamos de um jogo parecido, onde não conseguimos marcar golo, e depois torna-se tudo muito difícil, contra uma equipa experiente que não nos deixa chegar muitas vezes à baliza. Mas fomos sempre uma equipa que tentou. Desde a primeira parte que tentou mais, o FC Porto um bocadinho mais em transição e algumas saídas de bola pela direita, pelo André Franco, mas não conseguimos. Os detalhes, não estamos a conseguir definir bem e isso nota-se nestes jogos grandes.
Foi um ano difícil, que não começou bem, mas ainda há muito para fazer. Fazer uma segunda volta melhor. Isto não acaba aqui. Todas as equipas, todos os clubes, passam por maus momentos. Nós estamos a passar por esse momento que não diria que é mau. Estamos a perder nos detalhes, mas há muita coisa boa e o treinador está cheio de força.
[Sobre a saída de Ricardo Esgaio] Eu dei-lhe a explicação e avisei antes que o ia tirar. Todos os jogadores do Sporting sabem que eu os defendo até à morte mas depois existem certos momentos onde já fizemos uma alteração e queremos ir para a frente, olhamos para todas as peças e temos de ser muito frios na abordagem, ter coragem. É esse o meu papel, ver o que é melhor para a equipa. E o Esgaio sabe, eu já o provei, quando é preciso, eu dou a vida por eles. Quando a equipa precisa de sacrifícios, e sei que é um sacrifício muito grande para o Esgaio, eu tenho de o fazer porque em primeiro está o clube e a equipa. Portanto pedi-lhe desculpas, peço aqui desculpas ao Esgaio também publicamente, mas a minha ideia é sempre ganhar os jogos e às vezes não sou justo com toda a gente porque é impossível”.