A Comissão Disciplinar da Federação de Futebol de Itália (FIGC) instaurou um inquérito a José Mourinho pelas declarações do técnico do Inter de Milão consideradas ''lesivas'', após o jogo da Taça de Itália com o Roma.
Em comunicado difundido hoje, o organismo disciplinar da federação italiana entendeu abrir mais um procedimento disciplinar ao treinador português, que insinuou que a Roma poderia compensar economicamente o Siena se a equipa toscana lograsse derrotar o Inter na última jornada da Liga italiana.
''Quem sabe se agora a Roma, que poupou no prémio da final da Taça, está disposta a dar mais algum dinheiro ao Siena para nos derrotar'', disse Mourinho, depois da final da Taça de Itália, disputada na quarta feira, em que o Inter, com dois pontos de vantagem no campeonato sobre a Roma a duas jornadas do final da Liga, venceu por 1-0.
Desde o passado fim de semana que a tensão entre os dois clubes aumentou, depois de o Inter ter triunfado sobre a Lazio, acusada de ter sido pouco combativa e de facilitar a vitória do coletivo de Mourinho com o propósito de prejudicar a rival Roma.
Rosella Sensi, presidente da Roma, referiu que seria ''uma vergonha'' para o Inter ganhar assim um campeonato, declaração que mereceu uma resposta de José Mourinho, exigindo respeito pela equipa milanesa.
A imprensa italiana noticiou hoje que a AS Roma estava a trabalhar para interpor uma ação legal junto das autoridades desportivas contra o treinador português do Inter de Milão, José Mourinho, por declarações dirigidas ao clube romano.
Entretanto, um procurador italiano abriu um procedimento contra o jogador do Inter Cristian Chivú pelo seu comportamento durante a final da Taça de Itália, em que o jogador dirigiu gestos irreverentes aos adeptos da Roma, sua antiga equipa.
Também foi aberto um inquérito por causa dos prémios prometidos pelos dirigentes do Siena aos seus jogadores, com o objetivo de condicionar a sua atuação no jogo com o Inter, programado para a última jornada da Liga italiana, a 16 de maio.