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França: Nöel Le Graët demite-se da presidência da Federação Francesa de Futebol

O presidente destituído da Federação Francesa de Futebol, Noël Le Graët, demitiu-se hoje do cargo, após uma série de escândalos e polémicas, entre os quais acusações de assédio sexual, anunciou esta terça-feira o organismo.

França: Nöel Le Graët demite-se da presidência da Federação Francesa de Futebol
Futebol 365

Noël Le Graët, de 81 anos, que assumiu a presidência da FFF em 2011 e cujo mandato terminaria em 2024, já estava afastado do cargo desde 11 de janeiro, substituído interinamente por Philippe Diallo, na sequência de comentários pouco respeitosos sobre o antigo futebolista internacional francês Zinédine Zidane.

Em 17 de janeiro, a justiça francesa anunciou a abertura de uma investigação a Le Graët por suspeitas de assédio moral e sexual, após o depoimento de Sonia Souid, representante de vários jogadores internacionais gauleses.

Le Graët reagiu em comunicado à abertura da investigação, denunciando as “numerosas interferências e pressões políticas”, em especial por parte da ministra dos Desportos, Amélie Oudéa-Castera, e desmentindo todas as acusações de assédio moral ou sexual ou quaisquer outros ilícitos criminais.

A gestão de Noël Le Graët foi marcada por várias polémicas, nomeadamente ao nível da gestão, acusações de racismo e xenofobia, e agudizou-se com a realização de uma auditoria à FFF e com as críticas recentes a Zidane.

No início de janeiro, numa entrevista à rádio RMC Sport, horas depois de a FFF ter prolongado até 2026 o contrato com o selecionador Didier Deschamps, Le Graët teceu comentários pouco respeitosos sobre Zidane, que motivaram reações críticas de vários quadrantes, entre as quais da ministra dos Desportos.

Segundo a ministra, Le Graët teve uma "falha na função de representação" do futebol gaulês, pelo que, Amélie Oudéa-Castera, deixou um aviso: “Não quero mais estas situações. Ele acostumou-nos com estes despropósitos”.

A governante apontou para algumas frases polémicas do dirigente, de 81 anos, em relação aos fenómenos do racismo e da homofobia no futebol, considerando que as mesmas podiam “chocar as comunidades", além de prejudicarem a imagem de França e ofenderem os franceses.

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