Declarações de Paulo Sérgio, treinador do Portimonense, após o jogo Portimonense-Sporting (0-1), da 23.ª jornada da I Liga.
"Quando se faz uma análise a um confronto destes, estão duas realidades completamente distintas uma perante a outra. Aquilo que prometemos, cumprimos. Disse aqui ontem [seta-feira] que ia ser difícil para nós, mas também ia ser difícil para o Sporting. E nós cumprimos.
Sofremos um golo num passe fantástico do 'Pote' e numa finalização fantástica do Paulinho. Não tenho, no lance, um grande erro a apontar à minha defesa. Pormenores fantásticos, quer o passe quer a desmarcação. Claro que poderíamos ter feito melhor, mas acho que a equipa, pelo jogo que fez, não merece que lhe faça essa crítica.
A equipa competiu, de princípio ao fim, teve as suas chances para empatar o jogo e, portanto, só tenho de dar os parabéns aos jogadores. E se o [Rúben] Amorim diz que dominou e teve mais bola, acho que é natural em função das duas realidades distintas, a que ele representa e a que eu represento.
Acho que fomos muito competentes na maior parte do tempo, não envergonhámos ninguém e até podíamos, na parte final do jogo, ter empatado a partida.
O plano, quando se joga contra estas equipas, tem sempre uma incidência muito grande em como pará-los. A qualidade é distinta, pela grande categoria do Sporting. Arranjámos antídoto para pará-los e visava sair e explorar as transições.
Não fomos muito eficazes, no primeiro tempo, nessa matéria. Por não estar tão satisfeito, inverti o triângulo de meio-campo para começar a ter outro tipo de acutilância com bola.
Se eu queria mais? Queria. Mas a defesa do Sporting, muito sólida, uma linha de três sempre de frente para o jogo, também dificulta imenso essas transições, a qualidade dos seus jogadores e os quilómetros que fazem, quer Ugarte quer Morita, 'matam' muita transição.
Nós competimos, estávamos dentro do jogo, à espera do nosso momento, e surgiu o golo. Tivemos de nos chegar mais à frente, num momento diferente do jogo, em que o Sporting baixa mais as suas linhas, porque sabe que tem uma vantagem para guardar. Isso também nos permitiu criar o perigo que criámos na parte final."