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Domingos recusa considerar-se o melhor e elogia trabalho de Jorge Jesus

Domingos Paciência recusou hoje considerar-se o melhor treinador da Liga de futebol e elogiou o trabalho de Jorge Jesus no comando do Benfica, bem como o de Augusto Inácio, Paulo Sérgio, Ulisses Morais e Lito Vidigal.

Domingos recusa considerar-se o melhor e elogia trabalho de Jorge Jesus
Futebol 365

“Não vejo as coisas assim [de ser o melhor treinador da época]. Há treinadores que tiveram trabalhos muito difíceis. Eu fiz um bom trabalho, mas há outros como o Inácio, o Ulisses Morais, o Paulo Sérgio, o Lito Vidigal”, enumerou.

“Reconheço mérito no trabalho que realizei, sobretudo porque acabei por fazer duas equipas esta época, uma no início com determinados jogadores e outra no último terço do campeonato devido aos castigos, lesões ou o baixar de rendimento de alguns. Saio satisfeito por aquilo que fiz, mas não ao ponto de dizer que sou o melhor treinador deste campeonato”, referiu, durante uma entrevista conjunta a vários órgãos de comunicação social.

Domingos disse depois que “também há que dar valor ao [Jorge] Jesus [no Benfica], ele é que foi o campeão. Fez um belíssimo trabalho numa equipa que estava afastada dos títulos há uns anos e voltou a mobilizar os adeptos benfiquistas. É de realçar e reconhecer o que fez”.

O técnico reconheceu ainda que o “segundo lugar não estava nos horizontes de início de época”, mas o entendimento com o presidente, António Salvador, foi sempre o de tentar “fazer alguma coisa de diferente”.

Sobre o conturbado início de época, em que chegou a ser contestado pelos adeptos, sobretudo depois da eliminação da Liga Europa pelos suecos do Elfsborg, Domingos lembrou que na altura “nada estava estabilizado”.

“O Braga é um clube bem organizado e já ao nível dos ‘grandes’, mas, quando avançámos para o início de época, tínhamos perdido o local de estágio, não havia jogos marcados, tivemos que andar a fazer jogos com o Sindicato de Jogadores, tínhamos vários jogadores lesionados por problemas de pubalgia…”, recordou.

Essa situação, contudo, “deveu-se essencialmente à indefinição que foi criada naquele período em que não se sabia quem seria o treinador. Não há qualquer responsável por isso, aconteceu”, disse.

Domingos disse haver “um momento decisivo” da época, quando, na véspera da receção ao Rio Ave, para a Taça de Portugal, foram comunicados os castigos de Vandinho e Mossoró.

“A equipa sentiu isso e a partir daí começou a sentir a ausência desses jogadores fundamentais. No início de época, era uma equipa de grande posse de bola, de uma mobilidade excelente, e começou a perder esses princípios e forma de jogar. Tive que começar a trabalhar de outra forma, mas os jogadores felizmente conseguiram assimilar isso”, disse.

Domingos disse-se ainda satisfeito pela “recuperação” de jogadores como Madrid, Hugo Viana ou Mossoró e reconheceu como apostas falhadas o ponta-de-lança Adriano e o médio Possebon.

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