O Atlético Madrid, do português Simão, venceu hoje a primeira edição da Liga Europa em futebol, sucessora da Taça UEFA, e conquistou, 48 anos depois, o segundo troféu europeu.
Os espanhóis, treinados pelo ex-benfiquista Quique Flores, venceram por 2-1 os ingleses do Fulham, com o uruguaio Diego Forlan a “bisar” a escassos quatro do final do prolongamento e a assinar o sexto tento na competição.
A formação madrilena tinha ganho a segunda edição da Taça das Taças, em 1961/62, e conta ainda um outro troféu no estrangeiro, a Taça Intercontinental, arrebatada em 1974.
Os ''colconheros'', com Simão a titular, cedo mostraram as intenções, com Forlan, aos 12 minutos, a atirar a bola ao poste esquerdo, após uma perda de bola displicente dos jogadores do Fulham.
Depois de o ex-benfiquista Reyes ter colocado à prova o guarda-redes Schwarzer, o domínio do coletivo espanhol foi materializado com o golo de Forlan, aos 32 minutos, numa jogada que começou no ex-benfiquista Reyes e passou por Simão e Aguero, que fez o último passe.
O empate surgiu cinco minutos volvidos, pelo galês Simon Davies, colocando a nu as fragilidades defensivas da equipa espanhola, que eliminou nos oitavos de final o Sporting e nas meias finais o Liverpool, “carrasco” do Benfica.
Já perto do intervalo, o uruguaio Diego Forlan voltou a ter a oportunidade de marcar, mas Schwarzer gorou a vantagem dos espanhóis.
No segundo tempo, o Atlético Madrid decresceu de rendimento, mas o conjunto de Roy Hodgson (segunda final, depois de ter perdido a edição de 1997 da Taça UEFA, ao serviço do Inter, face ao Schalke 04) também não mostrou a clarividência necessária para desfazer a igualdade.
Já sem Simão, que jogou a primeira final europeia e saiu aos 68 minutos, e Reyes, substituído aos 78, os espanhóis acabaram por espevitar e terminaram o tempo regulamentar novamente por cima, mas sem conseguirem evitar o prolongamento.
O Atlético Madrid, com Forlan em evidência no ataque, continuou à procura do golo, mas pecava por alguma deficiência na finalização.
Até que Forlan, com um toque subtil e sorte por a bola ter tabelado num defensor britânico, fez o 2-1, de novo após uma iniciativa de Aguero, e evitou o desempate por grandes penalidades, selando a vitória do Atlético Madrid.