Declarações de Paulo Sérgio, treinador do Portimonense, após o jogo Portimonense-Vizela (0-1), da 25.ª jornada da I Liga.
"Os números explicam bem o que foi o jogo, daí esta angústia, esta frustração.
Tanto tempo, desde os 19 minutos reduzidos a dez, [e] acabámos o jogo com um número considerável, a mais, de remates do que o adversário.
Entrámos muito fortes, criámos muitas complicações ao Vizela até ao momento da expulsão, o que valoriza o que a equipa fez. Porque o Vizela é uma excelente equipa de futebol e tem-lo provado ao longo do campeonato. Nós não lhe demos qualquer hipótese, entrámos fortíssimos.
E depois jogámos tanto tempo reduzidos a dez, num lance [da expulsão] precedido de uma falta sobre o Yony [González], na minha opinião, que podia ter evitado aquele lance do [Pedro] Sá. Para depois, aos 95 minutos, ir perder o jogo com um lance infeliz do Seck, de autogolo [Liga atribuiu golo a Raphael Guzzo].
É muito ingrato para aquilo que o grupo trabalhou, para aquilo que o grupo fez. Mas o espírito está ali, a capacidade está lá. Penso que, apesar do resultado, demos uma imagem muito forte daquilo que podemos ainda vir a fazer neste campeonato.
Houve um adepto que, particularmente, gritava mais do que os outros e me ofendia. Tem todo o direito de gritar para me mandar embora. Agora para me ofender, nos olhos, tem de ter um pouco de cuidado, porque a gente amanhã cruza-se aí e depois pode dar mau resultado."