Declarações de João Pedro Sousa, treinador do Famalicão, após o jogo frente ao Boavista, da 25.ª jornada da I Liga, disputado no domingo no Porto.
“Houve uma primeira parte muito curta da nossa parte, mas ao intervalo tentámos corrigir dentro daquilo que já tínhamos planeado.
Fomos mais rápidos e intensos com bola, definindo melhor os espaços que tínhamos de ocupar. Sem bola, conseguimos orientar o adversário para onde queríamos e estivemos mais rápidos a pressionar nos espaços onde sabíamos que podíamos ter mais sucesso.
Os golos surgem de situações que não aconteceram durante a primeira parte, já que não estávamos a conseguir entrar em zonas de finalização. Forçámos essas entradas depois do intervalo e acabámos por concretizar num penálti e num outro lance de bola parada.
Depois, fomos permitindo que o Boavista começasse a ganhar algumas segundas bolas. O golo [do 2-1] acontece num remate de meia distância, mas tenho de reconhecer que o adversário fez por marcar. Sofremos até ao final do jogo, mas permitimos muito pouco, revelámos competência para controlar as bolas paradas e fomos uns justos vencedores.
Em termos ofensivos, alterámos o posicionamento da primeira para a segunda parte. A nossa construção a três requer o preenchimento de certos espaços, que não estavam a ser ocupados. O coletivo ressentiu-se aí, ficámos dependentes das individualidades e tivemos problemas. Perdemos sistematicamente os duelos e o coletivo não funcionou.
Defensivamente, também tivemos problemas. Não chegámos às zonas de pressão com intensidade e velocidade, houve problemas na recuperação de bola e dificuldades no ataque. Na primeira parte, os jogadores e o treinador do Famalicão não estiveram bem.
Na segunda parte, destacou-se o coletivo. Dentro do coletivo, sobressaiu a situação em que o Iván Jaime conseguiu ganhar uma grande penalidade e convertê-la, mas tenho de destacar todos os jogadores. O Boavista é muito competitivo e dificulta muito a vida aos seus opositores em casa. Se não trouxéssemos um coletivo forte, teríamos dificuldades”.