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PSP considera que combate à violência no desporto passa por agravamento das medidas punitivas

Manuel Magina da Silva, diretor nacional da PSP, considera que só com o agravamento das medidas punitivas, a quem comete atos de violência associados ao desporto, se consegue para combater este flagelo.

PSP considera que combate à violência no desporto passa por agravamento das medidas punitivas
Futebol 365

“Não vale a pena inventar”, referiu Manuel Magina da Silva, que falava na sessão de abertura do seminário Estádios de Sítio, na Biblioteca Almeida Garrett, que se assume como um espaço de debate e reflexão sobre o tema da violência associada ao desporto.

Entre as medidas punitivas aplicadas a quem comete atos de violência e comportamentos ilícitos, o responsável da PSP destacou o impedimento de frequentar os recintos desportivos aos infratores, que “em um ano aumentou mais de 20 vezes”.

O responsável realçou que o fenómeno não se verifica apenas no futebol profissional, mas também no amador e nas camadas jovens, tendo sido registado, da época de 2018/19 – antes da pandemia de covid-19 – para a de 1921/22, “uma duplicação de ocorrências”.

Manuel Magina da Silva falou ainda da relação existente entre os discursos “com alguma violência verbal de representantes de clubes”, muitas vezes com eco na comunicação social, e o aumento dos atos de violência no desporto.

“Não precisamos de aumentar a adrenalina dos adeptos, mas sim acalmar o seu comportamento”, considerou o diretor nacional da PSP, apelando ao fim do discurso do ódio por parte dos representantes dos clubes, que se refletem no aumento dos incidentes.

O responsável aflorou ainda a “operação complexa” que constitui a montagem de um esquema de segurança para um jogo considerado de alto risco, que pode movimentar até 800 agentes, e admitiu que a PSP evita “desastres todos os fins de semana”.

O caminho para atenuar os atos de violência, quer física, através do uso de engenhos pirotécnicos ou discurso de ódio, passa ainda por uma ação concertada com as entidades judiciais e colaboração com as entidades promotoras dos eventos.

Manuel Magina da Silva apelou a uma “ação disciplinar firme e célere” aos organizadores dos eventos, recordando que no caso do futebol “os clubes comportam-se melhor nos jogos da UEFA”.

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