A seleção portuguesa apresentou-se este domingo tremendamente eficaz no Luxemburgo (6-0), para somar o segundo triunfo em outros tantos encontros do Grupo J de qualificação para o Europeu-2024, num encontro resolvido nos primeiros minutos.
No Stade de Luxembourg, o capitão Cristiano Ronaldo repetiu a dose da primeira ronda e voltou a 'bisar' para Portugal, aos 09 e 31 minutos, com João Félix (15), Bernardo Silva (18), que chegou aos 10 golos e 20 assistências pela seleção AA, e os suplentes utilizados Otávio (77) e Rafael Leão (88), já no segundo tempo, a marcarem os restantes golos.
Com a segunda goleada na ‘poule’, os lusos isolaram-se na liderança, com seis pontos, contra quatro da Eslováquia (2-0 à Bósnia-Herzegovina) e três de bósnios e islandeses (7-0 no Liechtenstein).
Três dias depois ter de arrancado a fase de apuramento com um resultado 'gordo', em Lisboa, diante do muito acessível Liechtenstein (4-0), o selecionador Roberto Martínez operou três mudanças no ‘onze’ e todas na linha defensiva.
Diogo Dalot, António Silva, para cumprir apenas a terceira internacionalização AA, e Nuno Mendes foram as novidades entre os titulares, em detrimento de João Cancelo, Gonçalo Inácio e Raphaël Guerreiro, com os últimos dois a serem excluídos da ficha de jogo, assistindo ao jogo da bancada do moderno Stade de Luxembourg, inaugurado em julho de 2021.
Apesar dos ‘leões vermelhos’ serem um conjunto com mais argumentos e com melhores ‘armas’ do que o Liechtenstein, Portugal tinha a obrigação de conseguir um resultado esclarecedor, que começou a ser construído e, praticamente, fechado com apenas 18 minutos completados.
Apesar de não terem feito nada para merecerem estar em vantagem, os lusos revelaram-se muito eficazes e aproveitaram bem o espaço concedido pelo adversário, que, desde início, não conseguiu acertar com as marcações.
Primeiro, foi o capitão Ronaldo, sem querer, a desviar com os pés uma bola servida por Nuno Mendes, após Bernardo Silva e Bruno Fernandes desequilibrarem no lado direito do ataque. Seis minutos depois, saiu do pé esquerdo calibrado de Bernardo a assistência para João Félix, completamente à vontade, fazer de cabeça o 2-0.
Com os luxemburgueses ainda à procura de se encontrarem em campo, Bernardo Silva foi, merecidamente, o autor do terceiro dos lusos e também com um cabeceamento eficaz, por culpa do excelente passe longo de João Palhinha.
Quando decorria o minuto 31, Ronaldo viria a aparecer de novo na cara do guarda-redes, mas agora com intenção, naquele que foi o seu 11.º tento apontado ao Luxemburgo, a sua vítima preferida a nível de seleções.
Se o Liechtenstein jogou fechado na sua defensiva em Alvalade, o Luxemburgo, perante cerca de 10.000 adeptos na bancadas, preferiu jogar mais subido no terreno e tentar sair a jogar, mas sem nunca chegar a assustar o ‘espetador’ Patrício.
O selecionador Luc Holtz viu Portugal vulgarizar a sua equipa no primeiro tempo e foi sem surpresas que para o recomeço fez três mudanças, lançando Olesen, Bohnert e Carlson, em busca de tentar encurtar distâncias e deixar uma imagem melhor.
Ao contrário do que aconteceu nos primeiros 45 minutos, os ‘leões vermelhos' conseguiram aguentar-se e travar as investidas lusas, que eram menos, tendo em conta a grande margem no placard.
Sem nada a perder, o ex-Nacional Vicent Thill foi o responsável pelo único remate enquadrado do Luxemburgo no desafio, obrigando Rui Patrício a aplicar-se.
Também Roberto Martínez foi refrescando a equipa à medida que o tempo ia passado, com a aposta em Otávio a dar ‘frutos’ de imediato. O jogador do FC Porto elevou-se na grande área, sem marcação, para anotar o quinto dos lusos, aos 77 minutos, a passe de Rafael Leão, outro suplente utilizado.
Pouco depois, uma bola enviada de livre direto por Rúben Neves acertou em cheio no travessão da baliza, mas umas das melhores chances do segundo tempo pertenceu a Rafael Leão, que foi perdulário da marca do castigo máximo (o primeiro da carreira), já sem o habitual marcador de penáltis, Ronaldo, em campo.
O jogo não terminaria sem que o avançado do AC Milan se redimisse da grande penalidade falhada, desta vez a ganhar metros com a bola na profundidade e a passar por vários adversários antes de atirar rasteiro.