Crónica: Rio Ave atrasa ambições europeias do Arouca com 'trunfo' Paulo Vitor

O jogador brasileiro, que, vindo do banco, foi o 'trunfo' dos vila-condenses para o último terço do desafio, marcou o único tento aos 69 minutos, já depois de Hernâni, a fechar a etapa inicial, ter desperdiçado uma grande penalidade para os locais, permitindo a defesa do guarda-redes Arruabarrena.

Com este desaire, o Arouca, que oito jogos depois voltou a perder, 'marcou passo' nas ambições de qualificação para as competições europeias da próxima época, embora mantendo o quinto lugar, com seis pontos de vantagem para o Famalicão, sexto classificado, que se desloca a Alvalade.

Já o Rio Ave, que, embora tranquilo na classificação, já não vencia há quatro jornadas consecutivas, subiu, provisoriamente, para o 10.º posto, agora com 38 pontos.

Os vila-condenses, libertos de pressão, até entraram mais atrevidos, num primeiro tempo de muita luta e toada dividida, em que as duas equipas sentiram dificuldades na definição no último terço.

O Arouca ainda deixou alerta inicial, logo aos seis minutos, com Rafa Mújica a falhar, por muito pouco, um desvio para a baliza local, após cruzamento de Antony.

O Rio Ave sentiu essa ameaça e passou a ser mais consistente na circulação de bola, mas continuava inconsequente a armar o seu jogo ofensivo, perante uma sólida defesa dos arouquenses.

A equipa da serra da Freita tentava capitalizar essa coesão no último reduto, para, depois, armar os seus contra-ataques, mas apesar de pisar mais vezes a área contrária, padecia da mesma carência do adversário na definição final.

Nesta toada insípida, a partida só ganhou emoção perto do intervalo, quando Hernâni, solicitado por Amine, conseguiu uma excelente desmarcação, mas acabou derrubado por Tiago Esgaio, numa falta para grande penalidade.

O próprio Hernâni encarregou-se da marcação do castigo máximo, mas não teve o mesmo rasgo do lance anterior, atirando fácil para defesa de Arruabarrena, que ainda foi lesto a travar uma recarga de Fábio Ronaldo, mantendo o ‘nulo’ ao intervalo.

O reatamento não trouxe melhorias na qualidade do futebol praticado, embora com mais alguma audácia, de parte a parte, no capítulo do remate.

Sylla deu o mote, para o Arouca, aos 50 minutos, com um tiro de longe que o guardião local Jhonatan segurou, tendo o Rio Ave respondido, pouco depois, com um desvio, ao lado, de Guga.

O desequilibrar dos acontecimentos acabou por surgir aos 69 minutos, por Paulo Vitor, que tinha pouco antes sido lançado no jogo, e após jogada individual, esboçou um forte remate cruzado, para fixar o 1-0 final.

A partir daí, 'soaram os alarmes' na equipa comandada por Armando Evangelista, que ainda esboçou uma reação, mas, sem rasgo ofensivo, esbarrou num Rio Ave que foi reforçado o seu último reduto e tapando os caminhos para sua baliza.

Os últimos minutos precipitaram uma toada quezilenta, mais profícua para o conjunto da foz do Ave, que ainda assim acabou reduzido a 10 elementos, já nos descontos, com a expulsão do central Renato Pantalon, após um querela junto ao banco do Arouca.