O Estádio Nacional, em Oeiras, “continuará a ser o recinto mais utilizado do país”, assegurou hoje o presidente do Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ), apesar de deixar de receber jogos das competições profissionais de futebol.
‘Casa’ da BSAD desde 2018/19, após a rotura entre a sociedade desportiva e o Belenenses, e do Casa Pia na última temporada, devido às obras no Estádio Pina Manique, o Estádio Nacional poderá deixar de poder acolher jogos das competições organizadas pela Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP).
No entanto, isso não impede que o recinto receba, como tradicionalmente, a final da Taça de Portugal, entre FC Porto e Sporting de Braga, em 04 de junho, e o encontro decisivo do mesmo troféu feminino, entre Sporting de Braga e Famalicão, já no dia 27 de maio.
“A definição das condições e características exigidas às infraestruturas para a realização de jogos depende do organizador da competição. Deveremos ter presente que o Estádio Nacional é uma instalação com quase 80 anos de história, em vias de classificação pela Direção Geral do Património Cultural (DGPC)”, começou por dizer Vítor Pataco, em declarações à agência Lusa.
Mesmo que os clubes e as competições profissionais de futebol deixem o Jamor – nem BSAD, nem Casa Pia manifestaram intenção de continuar a usar o palco e a Taça de Portugal é categorizada de não profissional – o recinto nunca ficará ao abandono, garantiu Pataco.
“O Estádio Nacional nunca correu esse risco nem vai correr. É preciso respeitar o Jamor e a sua história. A utilização do recinto vai além das competições profissionais de futebol. Tem uma utilização diária por várias modalidades, desde o râguebi ao atletismo, passando pelo triatlo, não só em contexto do alto rendimento como da atividade física informal. O Estádio Nacional é e continuará a ser o recinto mais utilizado do país”, vincou.
Inaugurado em 10 de junho de 1944, o recinto tem, desde 2015, sido alvo de intervenções “no edificado do Estádio Nacional, nas suas acessibilidades e parques de estacionamento, com um montante que ultrapassa já os 2,14 milhões de euros, a maioria por necessidades identificadas pela LPFP”.
“Quanto ao relvado, na última avaliação realizada pela LPFP, há duas semanas, nos três índices avaliados da estrutura (sistema de rega, taxa de infiltração e dureza do relvado), o Jamor recebeu nota máxima em todos”, recordou Pataco.
E, mesmo assim, perto de concluir 79 anos, o complexo desportivo nacional continua a sofrer melhorias, nomeadamente, na “requalificação do acesso norte e a recuperação e beneficiação do parque de estacionamento sul e respetivas acessibilidades”.
“Foram também desenvolvidos projetos, cuja possibilidade de implementação está a ser estudada, dada a dimensão do investimento associado, para a reconversão para LED das torres de iluminação e remodelação da iluminação exterior da envolvente do Estádio Nacional”, concluiu.
Em 2023/24, a BSAD vai rumar à margem sul do Tejo, na sequência da fusão com a SAD do Cova da Piedade, enquanto o Casa Pia poderá recorrer aos Estádios do Restelo, em Lisboa, ou do Bonfim, em Setúbal, até que sejam feitas as obras no Pina Manique.