Declarações de Armando Evangelista, treinador do Arouca, após o jogo frente ao FC Porto, da 31.ª jornada da I Liga.
"[A entrada forte do FC Porto na partida] Era expectável e estávamos preparados para isso. O reflexo disso foram as oportunidades que não concedemos ao FC Porto. Acho que poderíamos ter feito mais, com bola principalmente, porque, em termos defensivos, estivemos muito organizados e concedemos muito pouco. No único erro, em termos posicionais, sofremos o golo.
Nesse período, insistimos em demasia numa saída longa, quando o jogo pedia que tivéssemos a capacidade de segurar e atrair, para poder ir buscar a profundidade e o espaço entre linhas. Respeitámos em demasia a pressão alta do FC Porto, poderíamos e deveríamos ser mais agressivos. No intervalo, foi dentro disso a nossa conversa e a verdade é que o fizemos, mas foi num período em que o FC Porto estava mais confortável.
De qualquer forma, depois do jogo, parece-me que poderíamos ter conquistado mais qualquer coisa, por aquilo que fizemos, pela postura que tivemos e pelas dificuldades que criámos, sem grandes oportunidades de golo, mas com a capacidade de ser Arouca, principalmente na segunda parte.
[Sobre tornar-se no técnico com mais jogos pelo Arouca na I Liga] Sinto-me orgulhoso, por ser no Arouca, enquanto treinador, que sabemos que na nossa vida por vezes somos muito descartáveis, perante um soprozinho já não estamos. Isto traduz aquilo que foi o nosso propósito quando chegámos, não na I Liga, mas na II Liga. Era um desafio aliciante, acho que a comunhão das ideias que trazia para o Arouca e as que o presidente tinha para o clube encaixaram na perfeição e foi um reflexo disso mesmo".