O Cardiff vai levar o Nantes à justiça francesa depois do Tribunal Federal Suíço considerar que o Tribunal Arbitral do Desporto não pode julgar o diferendo entre os clubes por Emiliano Sala, que morreu antes de assinar.
“O Tribunal Federal Suíço decidiu que o TAD não tem jurisdição para lidar com o caso Cardiff vs. Nantes", justificou o emblema do País de Gales, que entretanto já tinha pago cerca de oito milhões de euros aos gauleses, para se livrar da punição da FIFA da impossibilidade de inscrever novos futebolistas.
Em 11 de janeiro, o Cardiff pagou a primeira parcela em dívida pela contratação do futebolista argentino, que morreu em 2019 num acidente de avião sobre o canal da Mancha quando viajava de França para se instalar definitivamente em Cardiff.
O pagamento da dívida teve como propósito fazer com que FIFA levantasse a sanção imposta ao clube, proibido de contratar jogadores durante três ‘janelas’ de transferências, uma decisão imposta em dezembro de 2022 pelo organismo que rege o futebol mundial.
Em causa a dívida de 15 milhões de libras (na altura, cerca de 19 milhões de euros) a ser paga pelo Cardiff ao Nantes e que não chegou a ser liquidada após a morte do futebolista, em janeiro de 2019: os galeses recorreram ao TAD sobre a punição da FIFA, mas este tribunal negou provimento às suas pretensões.
O Cardiff nunca se conformou e sempre defendeu nada dever o Nantes, uma vez que no momento do acidente o argentino ainda não era, oficialmente, seu futebolista.
"[Esta decisão do Tribunal Federação Suíço] Não é uma surpresa e o clube já preparou uma ação legal separada contra o Nantes, que será iniciada imediatamente, pois o Nantes deve ser responsabilizado pelo acidente [e pela viagem] organizado pelo seu agente”, acrescenta o Cardiff.
Em fevereiro de 2019, as autoridades britânicas encontraram os restos mortais do avançado argentino, no avião que caiu no Canal da Mancha e que desapareceu dos radares em 21 de janeiro, quando fazia a viagem de Nantes para Cardiff.
O corpo do antigo futebolista de 28 anos foi encontrado na carcaça do aparelho mais de duas semanas após o acidente, a 67 metros de profundidade, já depois das buscas oficiais terem terminado; seria a família a prosseguir com esse trabalho, que seria bem-sucedido.