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Henry quer árbitros com microfone nos jogos: "Quero entender o que dizem"

Thierry Henry, ex-craque do futebol mundial, participou recentemente num programa televisivo americano da CBS, onde apresentou cinco ideias que, segundo ele, poderiam melhorar a qualidade do jogo. O ex-internacional francês, agora com 45 anos, trouxe propostas inspiradas noutras modalidades desportivas, bem como na sua experiência como avançado.

Henry quer árbitros com microfone nos jogos: "Quero entender o que dizem"
Futebol 365

A primeira sugestão de Henry envolve punir equipas pouco ambiciosas, inspirando-se no râguebi. Ele propõe que, quando uma equipa se recusa a jogar, limita-se apenas a trocar passes sem avançar ou atirar a bola para fora, o árbitro deveria assinalar um livre a 25 metros da baliza.

"Quando uma equipa se recusa a jogar, como limitar-se a trocar a bola ou atirá-la para fora, o árbitro deveria assinalar livre a 25 metros da baliza, com a equipa beneficiada a escolher o local da marcação. Vai obrigar a equipa a jogar", começou por defender Henry.

Outra ideia apresentada pelo ex-adjunto de Roberto Martínez (selecionador de Portugal) na equipa nacional da Bélgica é a de dar um ponto extra para as equipas que marquem pelo menos três golos numa única partida, independentemente do resultado final. Ele deu como exemplo o Leicester, equipa que marcou três golos contra o Fulham, treinado por Marco Silva, mas acabou derrotado por 3 a 5 na última jornada da Premier League.

"Um ponto extra para uma equipa que marque, pelo menos, três golos num jogo, independentemente do resultado."

A terceira alteração sugerida pelo ex-jogador está relacionada aos árbitros. Henry propõe que eles utilizem um microfone durante as partidas e participem das conferências de imprensa após os jogos.

"Quero entender o que dizem. Se eu não fui sempre educado, os árbitros também não. Expliquem os erros ou o que fazem certo. O que me enervava era quando eu não tinha explicações e eles escondiam-se", explica o antigo goleador gaulês.

No que diz respeito à política de contratações, Henry sugere que os empresários trabalhem mais antes de apostar num jogador. Ele mencionou o exemplo do basquetebol, destacando o treinador Gregg Popovitch, que passou 15 dias nas Ilhas Virgens para ter certeza de que Tim Duncan seria o reforço ideal para os Spurs.

"Ninguém compra uma casa sem a conhecer. Visita-a de manhã, de tarde, presta atenção ao barulho. Já vi muitos jogadores chegarem a um lugar sem que alguém saiba se iriam conseguir adaptar-se."

Por fim, Henry defende que, quando um jogador lesionado está a receber assistência fora de campo, a equipa deveria ter direito a uma substituição temporária. Essa medida daria ao médico mais tempo para tomar a decisão correta enquanto o jogo continua em andamento.

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