Um golo solitário de Tomás Händel qualificou este domingo o Vitória de Guimarães para as competições europeias da próxima temporada, ao ditar o triunfo sobre o Rio Ave (1-0), na 32.ª e antepenúltima jornada da I Liga.
Numa tarde repleta de vento forte no Estádio do Rio Ave FC, em Vila do Conde, o médio estreou-se a marcar pela equipa principal dos vimaranenses, aos 55 minutos, revelando-se decisivo para ‘carimbar’ a 21.ª participação da história do clube nas provas da UEFA.
O Vitória de Guimarães alcançou o 15.º êxito, e terceiro seguido, no campeonato e subiu provisoriamente à quinta posição, com 50 pontos, dois acima do Arouca, sexto colocado, que visita na segunda-feira o Estoril Praia, no fecho da ronda, enquanto o Rio Ave, que já tinha garantido a permanência e não perdia há dois jogos, está em 12.º, com 39 pontos.
Com seis pontos ainda em disputa, o clube da ‘cidade berço’ soma mais quatro do que o Desportivo de Chaves, sétimo, mas que já informou ter prescindido da sua inscrição nas provas continentais, e sete de avanço para o Famalicão, oitavo, cenário que assegura desde já a sua segunda presença seguida nas fases preliminares da Liga Conferência Europa.
André Amaro regressou aos relvados cerca de dois meses depois e foi a única novidade no ‘onze’ de Moreno Teixeira face à vitória diante do Vizela (3-0), da ronda anterior, mas os minhotos demoraram a adaptar-se ao vento a seu favor ao longo da etapa inaugural.
Uma arrancada a partir da esquerda de Mikey Johnston afastada por Magrão, substituto de Jhonatan, habitual titular na baliza rioavista, aos 11 minutos, simbolizou a única ameaça perigosa dos visitantes, que esbarraram num adversário coeso atrás e audaz no ataque.
Além de trocar de guarda-redes em relação ao empate com o Marítimo (2-2), Luís Freire devolveu à titularidade Renato Pantalon, Miguel Baeza e Emmanuel Boateng, que protaganizou o primeiro sinal de perigo, mas demorou em rematar, já em zona frontal, e foi desarmado por Maga, aos quatro minutos.
Bruno Varela entrou em ação pouco depois, ao segurar um cabeceamento frouxo (nove minutos) e um ‘tiro’ de longe (15) de Costinha, impondo-se com maior aperto num golpe aéreo de Leonardo Ruiz, nascido após um centro de Paulo Vítor no flanco esquerdo (21).
Esse ímpeto do Rio Ave foi refreando a caminho da meia hora e possibilitou ao Vitória de Guimarães equilibrar as forças e acumular algumas aproximações à área oposta, vendo Magrão a suster um pontapé de Jota Silva (23 minutos), André Silva a errar o alvo (40) e Johnston a rasar o poste, num canto direto em que tentava aproveitar a ‘ventania' (45+2).
As duas formações regressaram dos balneários com abordagens idênticas, cabendo aos minhotos abrirem o ativo aos 55 minutos, quando Mikel Villanueva se antecipou à defesa contrária num canto de Tiago Silva e tocou para a emenda de Händel ao segundo poste.
À imagem do seu adversário, os vila-condenses mostram pouca adaptabilidade na altura em que tiveram o vento pelas costas e foram inconsequentes na reação à desvantagem, que Guga ainda procurou desfazer, com um ‘disparo’ à entrada da área, aos 59 minutos.
A qualidade futebolística ‘caiu’ com o avanço do relógio e os pupilos de Moreno Teixeira não resistiram à tentação de resguardar o resultado em bloco baixo, abrindo espaço ao ‘assalto’ final do conjunto de Luís Freire, que gerou calafrios apenas no quinto minuto de compensação, num cabeceamento tímido do recém-entrado Hernâni às malhas laterais.