A Roma, de José Mourinho, segurou um precioso empate sem golos em Leverkusen e avança para a final da Liga Europa, onde o adversário vai ser o 'especialista' Sevilha, que eliminou a Juventus, após prolongamento.
A sexta final europeia de José Mourinho, segunda consecutiva, selou-se em Leverkusen, onde a Roma impôs um 'nulo', fazendo valer o 1-0 da primeira mão em casa, então com golo de Edoardo Bove.
Hoje, com alguma sorte mas sobretudo com muito rigor tático defensivo, os romanos conseguiram manter segura a baliza à guarda do luso Rui Patrício, 'enorme' entre os postes, a sair-se bastante bem de um jogo de sentido único.
Rui Patrício viu uma bola ser enviada ao poste pelo Bayer Leverkusen e em tudo o resto esteve perfeito, tanto em remates altos como ao nível do relvado - e foram muitos, com o cronómetro a fechar com 23 tentativas, das quais 12 na primeira parte.
Para Mourinho, a aposta de dar tudo por tudo por segurar uma vantagem mínima, sempre arriscada, deu frutos e a Roma fica a um jogo de se apurar para a Liga dos Campeões pela via mais difícil. O técnico português, que muito dificilmente fechará a Liga italiana no ‘top 4’, tem aqui uma forma de tornar positiva uma época que nem sempre correu bem, a nível interno.
Desta vez, o futebol 'minimalista' dos ‘lobos’ correu bem, mas foram 90 minutos de 'sufoco', que tiveram o seu momento mais intenso logo aos 12, com o remate 'aos ferros' de Diaby.
O Leverkusen rematava muito, de fora da área, sobretudo, sempre com Rui Patrício atento, como aconteceu aos 21, com o potente remate de Kerem Demirbay.
Na segunda parte, e à medida que os minutos passavam, foi aumentando o nervosismo da equipa alemã, que ainda protagonizou mais uma mão cheia de ações ofensivas.
Azmoun, aos 65 minutos, e Demirbay, aos 67, protagonizaram as melhores ocasiões neste período do jogo.
A próxima tarefa para a Roma parece 'hercúlea', já que se trata do Sevilha, que eliminou a Juventus para carimbar a sétima presença em finais da Liga Europa (e Taça UEFA).
Sempre que os andaluzes chegaram à final, ganharam, o que faz deles os grandes 'especialistas' da prova.
Não foi fácil vergar a Juventus, no estádio Ramón Sánchez Pizjuán, já que houve recurso a prolongamento, mas a 'Juve' acabou por cair, com 2-1 no marcador (agregado de 3-2).
Foi um longo 'braço de ferro', que podia ter caído para qualquer dos lados. Mais dominador o Sevilha, perigosíssima no contragolpe a equipa de Turim.
A arbitragem até 'perdoou' dois penáltis aos visitantes, por faltas de Fagioli, aos 32 minutos, e Cuadrado (45+3), que podiam ter decidido o jogo mais cedo.
Assim, foi preciso esperar pelo minuto 65 para ver o marcador ser aberto, através do recém-entrado Vlahovic, a dar avanço 'injusto' à Juventus.
O Sevilha não deixou de lutar, até porque bastava um golo para forçar prolongamento, e aos 72 empatou, através de Suso, jogador também vindo do banco de suplentes.
Bastaram cinco dos 30 minutos adicionais para se operar a reviravolta, com o cabeceamento certeiro de Lamela.
A final da Liga Europa joga-se em 31 de maio, em Budapeste.