O treinador do Vitória de Guimarães, disse este sábado que existe uma diferença muito grande entre terminar a I Liga no desejado quinto lugar, ou no sexto, antes da receção ao Gil Vicente.
Apesar de ambas as posições valerem o apuramento para as pré-eliminatórias da Liga Conferência Europa, de resto já garantido pelos vimaranenses, após o sétimo classificado, Desportivo de Chaves, não se ter inscrito nas provas da UEFA, o técnico de 41 anos realçou que o foco imediato do Vitória é o de derrotar os gilistas no domingo e o de atingir os 53 pontos, quando depende de si para consumar o quinto lugar.
“Há uma diferença muito grande entre ficar no quinto e no sexto lugares, por entrarmos mais tarde nas competições europeias, pelo prestígio de ficarmos em quinto, por ser melhor ficar em quinto do que em sexto. Queremos muito ficar em quinto. Dependemos de nós. Não sabemos o que vai acontecer à tarde. Temos de nos focar em nós”, disse, na antevisão ao encontro marcado para as 15:30.
O ‘timoneiro’ vitoriano referiu ainda que os seus pupilos estão motivados para subir ao relvado no domingo, por ser o último da temporada em casa, perante os seus adeptos, e também pela possibilidade de, pela primeira vez em 2022/23, a equipa somar quatro triunfos seguidos no campeonato.
“É mais um desafio nosso: pela primeira vez termos quatro vitórias consecutivas. Reparem nos jogos dos ‘grandes’, nas dificuldades que têm tido para ganhar. Não é fácil conseguir quatro vitórias consecutivas. No que depender de nós, não tenho dúvidas de que a equipa vai fazer tudo para ganhar, frente a uma equipa muito boa, sem o contexto da pressão competitiva”, perspetivou.
Ciente de que essa falta de “pressão competitiva” do lado barcelense pode ajudar o oponente e “dificultar a vida” aos seus pupilos, Moreno defendeu ainda que o Gil Vicente, quinto classificado na época transata, “vale mais” do que o atual 14.º lugar, face à “qualidade” do plantel.
“Não me parece que tenha havido uma reformulação tão grande na equipa do Gil Vicente. Está lá a qualidade: Fran Navarro, Vítor Carvalho, Fujimoto. Têm qualidade, se calhar até para outros patamares”, descreveu.
Convencido de que os adeptos podem criar “um grande ambiente”, numa fase em que o Vitória luta pelo quinto lugar com o Arouca, sexto, com 48 pontos, e com o Desportivo de Chaves, sétimo, com 46, o técnico pediu aos seus atletas para não se “deixarem condicionar” e revelou ter falado com eles acerca da derrota caseira com o Arouca (2-0), na 24.ª jornada, após uma série com cinco triunfos e um empate.
“Preparámos o jogo de amanhã [domingo] a falar do jogo com o Arouca. Vínhamos de uma série também boa. Se me dissessem que vamos ter a qualidade do jogo que tivemos com o Arouca, assinava por baixo [para domingo], mas perdemos. Tentámos perceber as razões. Amanhã poderá ser um jogo muito parecido com o que tivemos frente ao Arouca, mas com o objetivo de uma vitória”, explicou.
Questionado sobre a norma que vai permitir aos treinadores Filipe Martins, do Casa Pia, e Luís Freire, Rio Ave, serem considerados técnicos principais na época 2023/24 ainda sem o Nível IV do curso, mas não a Moreno, o técnico do Vitória rejeitou sentir “perseguição” por parte da Liga Portuguesa de Futebol Profissional e da Associação Nacional de Treinadores de Futebol, mas assumiu que gostaria de “mais compreensão e bom senso” no processo.
O Vitória de Guimarães, quinto classificado da I Liga portuguesa, com 50 pontos, recebe o Gil Vicente, 14.º, com 34, no Estádio D. Afonso Henriques, em Guimarães, a partir das 15:30, com arbitragem de Manuel Mota, da Associação de Futebol de Braga.