O tenista português Nuno Borges confessou este domingo estar “muito orgulhoso por ter aguentado até ao fim e ter saído com a vitória” frente ao norte-americano John Isner na primeira ronda de Roland Garros, segundo ‘major’ da temporada.
“Entrei muito bem, praticamente não falhei uma bola, pelo menos nos meus jogos de serviço. Depois foi aceitar os pontos feios. Foi uma batalha mental gigante, porque no terceiro set, a servir para fechar, não consegui e tive de fazer um esforço grande para sacar o tie-break. Depois sofri mal um break [no quarto set], a servir mal, aliás acho que servi mal o encontro todo e voltei a ser quebrado no quinto set, quando servi para fechar”, comentou o maiato.
O número um português e 80.º classificado do ranking ATP superou o experiente adversário (90.º ATP) pelos parciais de 6-4, 5-7, 7-6 (7-3), 4-6 e 7-6 (11-9), após três horas e 58 minutos, mas acredita ter sido um triunfo “merecido”.
“Já o vi muitas vezes na televisão e os encontros dele são sempre a mesma coisa. Ele baseia muito o jogo no serviço e causa muita pressão nos jogos de resposta, porque também é um jogador que consegue causar estragos no fundo do campo. É preciso aceitar que os erros dele são bons para mim e tive de me motivar com isso, porque ele é um jogador que toma muito conta do jogo e se ficar à espera de um ‘winner’ meu pode demorar um bocado. Foram muitos altos e baixos, mesmo a nível de ânimo”, acrescentou Borges, de 26 anos.
O tenista do Centro de Alto Rendimento do Jamor é o único representante nacional no major parisiense, após a eliminação de João Sousa e Frederico Silva na fase de qualificação, e o quinto a celebrar uma vitória no quadro principal. O próximo desafio será contra o vencedor do encontro entre o argentino Diego Schwartzman (95.º ATP) e o espanhol Bernabé Zapata Miralles (38.º), agendado para segunda-feira.
“Estou à espera de um encontro completamente diferente. Mais físico, com mais trocas de bolas do fundo do campo. Isso de certa maneira dá-me mais conforto, porque vou poder jogar mais um bocadinho o encontro”, avançou, lembrando ter dois dias para recuperar, porque sai “um pouco cansado, mas também mais confiante.”
A participar pela quinta vez num torneio do Grand Slam, Nuno Borges passou pela segunda vez a primeira ronda de singulares, depois de já o ter feito no Open dos Estados Unidos em 2022.