O presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional, Pedro Proença, afirmou esta terça-feira que pretende uma redução substancial no preço dos bilhetes e garantiu que os jogos nunca começarão após as 20:45, nos dias úteis.
As medidas inserem-se num extenso plano de ação que o dirigente anunciou na tomada de posse para o terceiro mandato na liderança da LPFP, realizado na nova sede da entidade, que está ser construída no Porto, e onde elegeu como prioridade “tornar o adepto no eixo central de todas as decisões”.
“Os adeptos são, verdadeiramente, a alma do futebol. É para eles que trabalhamos e é obrigatório ir ao encontro das suas expectativas. Uma das nossas metas continuará a ser promoção do regresso das famílias aos estádios. É uma garantia, não vamos abdicar desse objetivo”, disse Pedro Proença.
Nesse contexto, o líder da LPFP prometeu que “já na próxima época nenhum jogo começará após as 20:45 horas, nos dias úteis” e revelou uma proposta para “uma baixa substancial no valor máximo dos ingressos, numa redução que pode atingir os 50%”.
Outras das prioridades apontadas por Pedro Proença é trabalhar para “um futebol mais credível, mais seguro e mais transparente” ecom uma “intransigente luta para erradicar todos os comportamentos violentos dos recintos desportivos”.
O presidente da LPFP quer, ainda, uma “justiça desportiva célere, eficaz e consequente”, e uma maior afirmação do futebol português a nível internacional.
“É vital recuperar o sexto lugar do ranking europeu. Trata-se de um objetivo fundamental para a sustentabilidade do futebol profissional português. Não baixaremos os braços enquanto não nos forem concedidas todas as condições para que possamos competir em plano de igualdade com os nossos concorrentes a nível internacional”, afirmou.
Pedro Proença apontou, também, o processo da Centralização dos Direitos Audiovisuais como uma das principais missões do seu mandato, classificando-o de “algo sem retorno”.
“É um processo que nos obrigará a trabalhar sobre a qualidade do nosso produto. Estamos a preparar uma revisão geral dos regulamentos da Liga Portugal, na qual incluiremos um novo regulamento audiovisual e um regulamento de controlo económico. Para que as receitas provenientes desta nova realidade sejam canalizadas para impulsionar os verdadeiros fatores de competitividade das nossas equipas", partilhou.
O dirigente insistiu nas diretrizes de “boa governação, ética e transparência”, lembrando que a LPFP foi "a primeira organização desportiva a ser certificada com a norma anti-corrupção”.
“No próximo quadriénio iremos elevar ainda mais os padrões de exigência e transparência, pugnando por maior profissionalismo, na Liga e nas Sociedades Desportivas. Não há outro caminho se queremos um futebol profissional mais sólido e mais credível”, concluiu.
Pedro Proença relembrou que este será o seu último mandato na liderança da LPFP, e que irá reformular os estatutos do organismo para neles incluir o tema da limitação de mandatos.
“Nenhum poder, por mais escrutinado, bem-sucedido ou elogiado que seja, se deve eternizar. Temos, pois, quatro anos para acabar o que começámos. E é isso que faremos, deixando como legado uma Liga profissionalizada, organizada, sustentável, com um modelo de direitos audiovisuais centralizado economicamente robusto, em que todos saiam a ganhar”, completou.