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Líder da Hungria lamenta morte de Silvio Berlusconi aliado e "grande lutador"

O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, lamentou esta segunda-feira a morte de um dos seus mais antigos aliados, Silvio Berlusconi, elogiando o político populista italiano como um “grande lutador”.

Líder da Hungria lamenta morte de Silvio Berlusconi aliado e "grande lutador"
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“O grande lutador morreu”, escreveu Orbán na rede social Facebook, segundo a agência espanhola EFE.

Orbán acrescentou, em italiano, “Riposa in pace, amico mio”, que significa “Descansa em paz, meu amigo”.

O antigo primeiro-ministro italiano morreu hoje, aos 86 anos, no Hospital San Raffaele, em Milão, vítima de leucemia, de que sofria há já algum tempo.

A amizade de Orbán e Berlusconi remonta aos anos anteriores à adesão da Hungria à União Europeia (UE), concretizada em 01 de maio de 2004.

Em 2002, quando governou a Hungria pela primeira vez, Orbán e Berlusconi já tinham manifestado que partilhavam a mesma visão sobre o futuro do continente.

“Temos as mesmas ideias sobre o que deve ser a Europa, com livre concorrência, burocracia mínima e racional, respeitando as culturas e com transparência na tomada de decisões”, disse Orbán em fevereiro de 2002, após uma reunião com Berlusconi em Budapeste.

Nos últimos anos, os dois líderes de direita tinham-se apoiado mutuamente e, antes das eleições italianas de 2018, Orbán disse esperar que Berlusconi pudesse voltar a ocupar “cargos governamentais”.

Em fevereiro de 2020, durante uma estada em Roma, Orbán visitou Berlusconi na residência do antigo primeiro-ministro num apartamento do Palácio Grazioli.

Berlusconi foi primeiro-ministro durante nove anos, em três ocasiões (1994-1995, 2001-2006, 2008-2011).

O político de direita, magnata dos ‘media’ e antigo dono do clube de futebol AC Milan, foi uma figura polémica mas incontornável da vida pública italiana nas últimas décadas.

Foi alvo de acusações de corrupção e esteve no centro de escândalos sexuais que culminariam na expulsão do Senado italiano, em 2013.

Em 2022, regressou à ribalta política como líder do partido que fundou, Força Itália, que integra a coligação governamental de direita e extrema-direita chefiada pela primeira-ministra, Giorgia Meloni.

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