A secretária-geral da FIFA, a senegalesa Fatma Samoura, anunciou que vai deixar este cargo no final do ano, após assumir o papel em maio de 2016 aquando da eleição do presidente, Gianni Infantino.
Em comunicado, a FIFA destaca o “papel fundamental da transformação da organização”, ao ajudar a “restaurar a sua credibilidade e a derrubar barreiras”, na sequência de vários escândalos do tempo da presidência de Sepp Blatter.
Samoura, que vai sair para “dedicar mais tempo à família”, tinha sido a primeira mulher não europeia a ser eleita para ‘chefe’ da administração do organismo de cúpula do futebol mundial.
“Juntar-me à FIFA foi a melhor decisão da minha vida. Estou muito orgulhosa de ter dirigido uma equipa tão diversa. As minhas primeiras palavras de agradecimento vão para Gianni Infantino, por me ter dado este trabalho de sonho”, declarou.
Samoura trabalhou sobretudo na reestruturação da FIFA, criando novas divisões, entre elas de futebol no feminino e um diretor virado para o cumprimento dos reglamentos, após duas décadas de experiência nas Nações Unidas e em países afetados pela guerra.
Para Infantino, foi “um privilégio e uma honra trabalhar com uma pioneira do futebol”.
Aos 60 anos, deixará o posto em dezembro, já depois do Mundial feminino deste ano, após ser contratada com alguna surpresa por Infantino em 2016, tendo trabalhado numa administração que entregou o Mundial masculino à Rússia, em 2018, e ao Qatar, em 2022.
A recuperação financeira, depois do ‘descalabro’ associado à anterior gestão da FIFA, e uma série de projetos acessórios, como a expansão do Mundial de clubes ou a proposta de mudança do campeonato do Mundo para ocorrer de dois em dois anos, foram projetos anunciados.
A FIFA não detalhou como será escolhido um novo secretário-geral, que entrará em funções num ano de 2024, em que serão escolhidos os anfitriões do Mundial feminino de 2027 e masculino de 2030.