O português António Félix da Costa (Porsche) terminou hoje o Mundial de Fórmula E na nona posição após ser 16.º classificado na última prova da temporada, disputada em Londres.
Félix da Costa, que partiu de 20.º, cruzou a meta 53,336 segundos depois do vencedor, o neozelandês Nick Cassidy (Envision), que deixou o compatriota Mitch Evans (Jaguar) no segundo lugar, a 4,934 segundos, e o britânico Jake Dennis (Andretti), novo campeão, em terceiro, a16,295.
No entanto, o piloto português natural de Cascais revelou hoje que a equipa Porsche protestou a corrida de sábado, por ter considerado injusta a penalização de três minutos que o atirou do segundo para o 17.º e último lugar.
“O que se passou na corrida de ontem [sábado] é uma vergonha para a FIA [Federação Internacional do Automóvel]. Furei um pneu devido a detritos na pista e por ter sido empurrado por um piloto contra os muros. Felizmente, consegui levar o carro até ao final com esse furo lento, mas, naturalmente, a pressão desse pneu estava abaixo do permitido. Ainda hoje, mais a frio, não consigo entender esta decisão. Tanto assim é que a Porsche decidiu protestar a corrida, que se encontra [com classificação] provisória”, explicou Félix da Costa, citado pela sua assessoria de imprensa.
O piloto português, vencedor do campeonato em 2020, considera que este “foi um dos momentos mais injustos” da sua carreira, “principalmente depois da corrida espetacular” que considera ter feito.
“É o final de uma temporada difícil, com muitos altos e baixos, mas que me tornaram mais forte enquanto piloto. Vou trabalhar muito neste defeso para melhorarmos nas qualificações, que foram quase sempre o nosso problema, para voltarmos na máxima força em 2024”, prometeu.
Jake Dennis fecha o ano como campeão, com 229 pontos, sucedendo ao belga Stoffel Vandoorne, enquanto Félix da Costa foi nono, com 93.
No campeonato de equipas, a Porsche foi quarta classificada, com 242 pontos, menos 62 do que a campeã Envision.