Crónica: FC Porto cresce na última meia hora para vencer com reviravolta

Mais ofensivos desde o apito inicial, os ‘dragões’ tiveram supremacia territorial na maior parte do desafio, mas viram a equipa de Moreira de Cónegos criar a ocasião mais clara da primeira metade do jogo e a adiantar-se no ‘marcador’ por Frimpong, aos 51 minutos, antes de ‘virarem’ o resultado com golos de Toni Martínez (67) e de Wendell (74), que viria a ser expulso, por duplo amarelo (90+2).

Os ‘azuis e brancos’ responderam com um triunfo ‘suado’ ao desaire com o Benfica na Supertaça (2-0), ao aproveitarem a supremacia evidenciada após o minuto 60, fase do jogo em que os espaços junto à área contrária surgiram com mais naturalidade e na qual o conjunto vimaranense perdeu ritmo.

Com João Mário no lado direito da defesa e Pepê a subir no terreno, Fábio Cardoso no eixo, em vez do castigado Pepe, e Wendell a render Zaidu na esquerda, os ‘dragões’ apresentaram uma defesa renovada face à da Supertaça, com o Benfica, e entraram em campo à procura de repetir os primeiros 30 minutos desse jogo de quarta-feira, ‘encostando’ os anfitriões à sua área.

Os minhotos apareceram com três reforços na defesa – Dinis Pinto, Maracás e Marcelo – e aguentaram esse ímpeto azul e branco antes de criarem as primeiras situações de perigo aos 18 minutos, num lance em que Marcano nega o remate a André Luís, e aos 27, na sequência de uma bola parada de Alanzinho.

Mais vocacionado para atacar pelos corredores, o FC Porto criou a sua melhor ocasião nos primeiros 45 minutos quando Galeno viu um remate em pleno ‘coração’ da área intercetado, aos 32, mas a formação recém-promovida ao escalão principal respondeu com uma oportunidade ainda mais clara aos 43, com Kodisang, isolado, a atirar ao lado.

Dirigido a partir do banco pelo treinador Siramana Dembelé, adjunto do castigado Sérgio Conceição, o FC Porto apareceu para a segunda metade com Toni Martínez no lugar de João Mário, mas os ‘axadrezados’ mantiveram os olhos na baliza contrária e marcaram aos 51, com Frimpong a antecipar-se a Pepê para atirar para o fundo da baliza após cruzamento da direita.

Depois do golo, o banco portista operou nova ‘mexida’, substituindo Grujic por Romário Baró, e os ‘azuis e brancos’ melhoraram, instalando-se nas imediações da área do Moreirense.

O crescimento dos ‘dragões’ materializou-se no golo do empate, apontado por Toni Martínez, que aproveitou uma assistência subtil de Fábio Cardoso para bater Kewin Silva, e na reviravolta, sete minutos depois, com Wendell, ainda fora da área, a colocar a bola junto ao poste direito, com o guardião ‘cónego’ ainda a tocar no esférico.

No último quarto de hora, a equipa orientada por Rui Borges, treinador em estreia na I Liga, esboçou uma reação e a incerteza prevaleceu até ao apito final, com os portistas a ficarem reduzidos a 10 elementos, face à expulsão de Wendell, aos 90+2 minutos, mas os anfitriões estiveram longe de ‘assustar’ o FC Porto como nos primeiros 60 minutos.