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Académica precisou do prolongamento para eliminar velho rival União de Coimbra

A Académica (Liga 3) venceu este sábado o União de Coimbra (Campeonato de Portugal) por 3-0, em jogo da primeira eliminatória da Taça de Portugal, que marcou o reencontro dos velhos rivais de Coimbra 39 anos depois.

Académica precisou do prolongamento para eliminar velho rival União de Coimbra
Futebol 365

Num jogo de emoções fortes até ao final, os golos foram apontados por Chico e João Victor, que ‘bisou’, já no prolongamento, que a formação unionista jogou reduzida a 10 jogadores por expulsão de Amaral, por duplo amarelo, mesmo a acabar o tempo de compensação do tempo regulamentar.

As duas equipas, que se tinham defrontado pela última vez em maio de 1984, numa partida da II Divisão Nacional, jogaram esta tarde no Estádio Cidade de Coimbra perante mais de 10 mil pessoas nas bancadas, a maioria afeta à ‘briosa’.

Durante a partida, os ‘estudantes’ foram superiores ao adversário e dispuseram de um grande número de oportunidades, uma boa parte travada pelo guarda-redes do União Mauro Leal, um dos responsáveis pelo nulo que se registava no final do tempo regulamentar e pelo resultado final não ter sido mais volumoso.

O União de Coimbra conseguiu ser superior nos primeiros cinco minutos do encontro e dispôs de uma grande oportunidade a terminar a primeira parte, mas Nuno Oliveira teve um falhanço incrível.

Muito antes da hora do encontro, milhares de pessoas marcaram presença nas imediações do estádio em ambiente de festa, com adeptos dos dois clubes em saudável convívio, aproveitando o tempo soalheiro.

“Adoro ver este ambiente e estou emocionado ao ver as pessoas da Académica misturadas com as do União”, desabafou à agência Lusa Aristides Costa, de 78 anos, um entusiasta das ‘capas negras’, do tempo em que estudava na Escola Comercial de Coimbra.

Salientando que era do tempo da “rivalidade engraçada”, o septuagenário, residente no concelho de Tábua, distrito de Coimbra, salientou que uma harmonia como a de hoje “só em Coimbra”.

Ermindo Pedro Dias, de 69 anos, antigo atleta dos dois emblemas, que há 39 anos assistiu ao último jogo oficial entre as duas equipas, também não perdeu o jogo de hoje e disse ter saudades de uma “partida destas”.

“Torço pelos dois clubes e por um bom jogo, com ‘fair-play’”, enfatizou o antigo jogador, que alinhou pelo União em 1973, no ano em que subiu, pela única e primeira vez, à I Divisão Nacional, estando depois ao serviço doa secção de futebol da Académica em 1982.

Adepta do União desde 2015, Bárbara Iglésias, de 48 anos, também sente um “carinho especial” pela “briosa” e esperava uma tarde de alegria e festa na cidade “independentemente de quem ganhar”.

O filho Bernardo, de 14 anos, é sócio da Académica desde que nasceu e o filho João, de 11 anos, joga nos azuis da cruz de Santiago desde os quatro anos de idade.

Com histórias diferentes, a Académica, que milita atualmente na Liga 3, esteve 64 anos na I Divisão, e o União, que disputa o Campeonato de Portugal, apenas competiu no principal escalão do futebol nacional na época 1972/1973, precisamente na temporada em que o rival da cidade tinha sido despromovido à II Divisão Nacional.

Na segunda década deste milénio, os ‘azuis’ da cruz de Santiago entraram em processo de insolvência e foram obrigados a mudar o nome do clube para União 1919, numa referência ao ano de fundação.

Confira aqui tudo sobre a competição.

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