O ambiente em torno do Portugal-Espanha dos oitavos de final do Mundial de futebol de 2010 está a ser feito de boa disposição e “fair Play”, com os ibéricos a revelarem confiança nas suas seleções.
As condições climatéricas adversas – chuva, vento e até nevoeiro nas zonas mais altas durante toda a tarde - não estimulam muita festa, mas não inibiram os fãs de trajar a rigor com as cores dos respetivos países.
O colorido da festa é feito com bandeiras, pinturas no rosto, camisolas, cachecóis, gorros e até equipamentos completos da seleção portuguesa em manga e calção curto, pouco aconselhável para o inverno no Cabo.
A duas horas do início da partida, a zona envolvente ao Estádio Green Point ainda está pouco movimentada, prevendo-se uma chegada massiva à “portuguesa”, em cima da hora do jogo.
Muitos adeptos concentraram-se no turístico Waterfront, um espaço de lazer polvilhado de restaurantes e espaços comerciais, hoje invadido em larga escala por portugueses e espanhóis.
Paulo Rocha, a esposa e o cunhado vendem “stickers” (desenhos de bandeiras para “imprimir” no rosto) dos dois países e garantem que os portugueses estão claramente a ter mais saída, embora se vejam mais “espanhóis” (muitos dos adeptos são de outros países, mas vestem a rigor as cores de uma das seleções) nas ruas.
“Claro, é Portugal. Todo o mundo sabe que Portugal vai ganhar o mundial e quer os ‘stickers’ de Portugal, campeão em 2010”, vincou o madeirense.
Menos confiante neste resultado está Julian Rodas, certo de que os espanhóis vão triunfar: “Espanha dois, (José) Mourinho zero. Querem marcar um golo antes de ir embora? Ok, 2-1. Somos uma equipa muito forte e segura, mas Portugal é mais difícil do que o Brasil. Se não ganharmos o Mundial, que seja Portugal”.
“Somos um povo irmão e mereceremos ganhar ao resto do Mundo. Nem França, Brasil ou Argentina. Viva a Península Ibérica. Viva Espanha e viva Portugal”, concluiu.
O aquecimento para o desafio das 20:30 locais (19:30 em Lisboa) foi feito junto ao ecrã gigante – habitualmente lotado, o espaço estava às “moscas” –, onde era seguido o Paraguai-Japão, de onde saiu o próximo adversário de portugueses ou espanhóis nos quartos de final.