O selecionador argentino de futebol revelou hoje ainda não ter decidido o futuro e reconheceu estar a viver o “momento mais duro” da sua carreira.
Diego Armando Maradona, momentos após a goleada ante a Alemanha por 4-0, nos quartos de final do Mundial de 2010, pediu “tempo” aos adeptos.
“Vou agora falar com a minha família, com os jogadores e com a Federação. A continuidade ou a saída dependem de muitas coisas”, disse Maradona.
O selecionador, no “momento mais duro da carreira”, disse, contudo, que, caso parta do comando técnico, quer que os “jogadores continuem”.
“Se eu sair, espero que os jogadores continuem. Eu confio em todos estes atletas, do fundo do coração. Quem vier depois de mim, tem de fazer o seu jogo, mas continuar com esta via. Se vier alguém para o meu lugar”, sublinhou.
Em relação a Lionel Messi, Maradona disse que o jogador do FC Barcelona “fez um grande Mundial” e se não marcou golos foi porque “teve pouco tempo a bola e porque os guarda redes foram grandes figuras”.
“Que diz que ele não sente a camisola é estúpido, sobretudo depois de o ver chorar. Messi, como Rooney ou outros, todos perceberão que quando a equipa precise deles, eles vão estar presentes”, prosseguiu.
Em 1986, Maradona conseguiu, quase sozinho, levar a Argentina ao título, mas esses eram outros tempos, segundo o agora selecionador: “Antes conseguia-se levar uma equipa aos ombros, mas hoje isso já não é possível”.
Por seu lado, o avançado Carlos Tevez garantiu estar a viver “uma grande dor” e explicou que a Argentina não mereceu outro resultado.
“Não marcámos nenhum golo. Quando assim é, não podemos questionar a justiça da vitória dos alemães”, lamentou.