Eleições no FC Porto vão ter lugar no próximo ano mas no universo portista já se posicionam os associados para a corrida eleitoral e Miguel Sousa Tavares pede à polícia para estar atenta e mostrar que "ali" também "vigora um Estado de Direito democrático".
Na sequência das pinturas "de guerra" que apareceram nas paredes de casa de André Villas-Boas, que tem sido crítico da gestão da SAD, Miguel Sousa Tavares entende que este é "um sinal preocupante para as eleições que aí vêm no FC Porto".
Perante isto, o escritor considera que as frases que foram colocadas nas imediações da casa de André Villas-Boas configuram um "caso de polícia" e agora "está nas mãos da polícia garantir que também ali vigora o Estado de Direito democrático".
Porém, para o conhecido adepto do FC Porto, esta missão não está apenas na polícia mas "sobretudo" nas "mãos do presidente em funções".
"Fingindo proibir-se os negócios entre a SAD e os seus administradores ou familiares - uma condição básica até de pudor na gestão - logo se acrescenta uma ressalva excecionando os casos em que tal seja do 'superior interesse do clube'"
Para Miguel Sousa Tavares, Pinto da Costa tem o dever de provar aos associados "que preserva mais a dignidade do clube do que a manutenção do seu lugar".
Em artigo de opinião que assina no Record, Sousa Tavares aproveita também para abordar um dos pontos mais 'quentes' que o FC Porto tem, por estes dias, antes da Assembleia Geral.
Em relação à revisão de estatutos, Miguel Sousa Tavares não entende o ponto relativo à questão de eventuais negócios entre elementos com ligação à estrutura.
"Fingindo proibir-se os negócios entre a SAD e os seus administradores ou familiares - uma condição básica até de pudor na gestão - logo se acrescenta uma ressalva excecionando os casos em que tal seja do 'superior interesse do clube'", sublinha o escritor.
Para Miguel Sousa Tavares há coisas que não se entendem no FC Porto. "Caramba, 42 anos de poder absoluto não chegam ainda, ao menos para aprender boas maneiras?", interroga Sousa Tavares.
Além das questão da gestão diária do FC Porto, há situações na equipa de futebol liderada por Sérgio Conceição que preocupam Miguel Sousa Tavares.
Uma dessas situações tem que ver com a aposta de Sérgio Conceição em David Carmo. "Até quando teremos de levar com o David Carmo 23 milhões, quando há por aí centrais bem melhores e mais baratos".
Deste modo, o escritor realça mesmo que "se não cai o Carmo, um dia cai a Trindade", apontando baterias ao central comprado pela SAD portista ao SC Braga.
Para Miguel Sousa Tavares, David Carmo tem um estilo "caterpillar" a jogar mas continua a ser aposta do treinador do FC Porto, Sérgio Conceição.