André Villas-Boas, ex-treinador do FC Porto e possível candidato à Presidência dos dragões, marcou presença na Web Summit e comentou os recentes acontecimentos que marcaram a Assembleia-Geral extraordinária do emblema da Invicta ocorridos na noite de segunda feira.
O ex-treinador dos azuis e brancos expressou desagrado com os atos de violência e intimidação, classificando-os como uma 'derrota interna para os órgãos sociais do FC Porto'. Villas-Boas instou as autoridades a investigarem as agressões, solicitando a análise das imagens de videovigilância do Dragão Arena.
Villas Boas, que praticamente tem tudo encaminhado para fazer frente a Pinto da Costa nas próximas eleições do FC Porto, marcadas para o próximo ano, criticou a postura passiva dos órgãos sociais do clube face às agressões perpetradas por uma 'guarda pretoriana' contra os associados.
"Estou invadido ainda pelas emoções, vou tentar responder com a seriedade associada ao FC Porto. O que se passou ontem foi absolutamente lamentável e uma derrota interna para os órgãos sociais do FC Porto, que assistiram impávidos e serenos a agressões e intimidações múltiplas de uma guarda pretoriana aos associados do FC Porto", começou por dizer.
Villas-Boas pediu ainda uma intervenção urgente do Ministério Público, Ministério da Administração Interna, IPDJ e Secretário de Estado do Desporto para esclarecer os incidentes.
"Peço sinceramente às autoridades, ao Ministério Público, ao Ministério da Administração Interna, ao IPDJ, ao Secretário de Estado do Desporto, que peça com urgência as imagens das câmaras da vigilância do Estádio do Dragão, do Dragão Arena, e proceda a uma investigação das agressões e dos atos bárbaros que se passaram ontem à noite", acrescentou.
O ex-treinador também apontou falhas na organização da AG, mencionando credenciais indevidas e desorganização logística, evidenciada pela transição para o Dragão Arena.
"Desde credenciais passadas que não deviam ser passadas, não sócios do FC Porto, a uma total desorganização logística, que foi claramente evidente na passagem de uma sala que não tinha condições para receber todos os associados do FC Porto, para o Dragão Arena."
Segundo Villas-Boas, a desorganização logística impediu que os associados se expressassem livremente e em segurança, sendo privados desse direito.
"Os associados uniram-se em massa porque querem expressar os seus sentimentos e foi-lhes impedido esse direito de se expressarem livremente e em segurança", rematou Villas-Boas.