No coração da cidade turca de Antalya, Helton Leite, ex-guarda-redes do Benfica, abre as portas da sua vida e carreira, proporcionando uma visão única sobre sua jornada do Brasil para Portugal e agora para o futebol turco.
Numa conversa exclusiva com o Além Fronteiras, programa da SIC Notícias, o antigo guardião das águias partilhou as suas experiências mais marcantes em Portugal, destacando o seu amor pelo Boavista, a vivacidade do balneário do Benfica e as lições intensas aprendidas com Jorge Jesus, então treinador dos encarnados.
Nascido em Belo Horizonte, Brasil, Helton Leite encontrou em Portugal 'não apenas um novo país para jogar futebol, mas um lar'. Fala com carinho sobre a hospitalidade e a cultura única do norte de Portugal, destacando o 'sabor inconfundível das pataniscas de bacalhau' que ele agora 'sente falta na Turquia'.
A passagem pelo Benfica, embora repleta de promessas iniciais, trouxe desafios para o guardião brasileiro. Numa conversa franca com a direção do clube da Luz na altura, expressou o seu desejo de jogar regularmente, levando-o eventualmente a explorar novas oportunidades, como a que encontrou no Antalyaspor.
"Disse: amo estar cá, a minha família está muito bem em Lisboa, mas eu não jogo", confessou Helton Leite.
Durante a sua estadia na Luz, Helton destaca a personalidade animada de Carlos Vinícius, descrevendo-o como um 'grande palhaço' que contribuiu para transformar o ambiente no balneário. No entanto, foi com o treinador Jorge Jesus que Helton Leite enfrentou desafios únicos.
"Carlos Vinícius era o grande palhaço do grupo. É aquele jogador que altera completamente o ambiente de um balneário e de um clube", observou Helton Leite.
Jorge Jesus, conhecido por sua abordagem intensa e pela busca incessante pela excelência, deixou uma marca duradoura em Helton. Apesar de uma lesão no ombro esquerdo, Helton foi incentivado por Jesus a continuar, demonstrando a filosofia do treinador português que atualmente está no comando do Al Hilal.
"Nos primeiro dias não sei como treinei. Mostra como leva os jogadores dele ao limite. Não existe dor, não existe lesão, não existe nada. Com ele ou dás 100% ou estás fora", rematou.