A liga grega de futebol enfrenta uma interrupção significativa neste fim de semana devido à greve dos árbitros, motivada pelos recentes casos de violência que assolam o desporto no país.
O Comité Central de Arbitragem anunciou esta sexta feira a não nomeação de árbitros para este fim de semana, levando ao adiamento dos jogos da 14.ª jornada da Superliga grega.
A decisão dos árbitros de entrarem em greve está enraizada na procura por condições de segurança adequadas, uma resposta direta aos crescentes incidentes de violência que têm marcado o cenário desportivo na Grécia.
Os profissionais exigem um ambiente seguro para desempenhar as suas funções e repudiam os atos de agressão e tumultos que têm afetado os eventos desportivos no país.
"Na sequência do anúncio do Comité Central de Arbitragem sobre a não nomeação de árbitros, é anunciada a não realização da 14.ª jornada da Superliga", pode ler-se num comunicado publicado pelo Comité.
Os mais recentes episódios de violência ocorreram num jogo de voleibol entre Panathinaikos e Olympiakos, resultando em ferimentos graves num polícia de 31 anos.
O incidente levou à detenção de 400 pessoas e gerou uma onda de condenação, com o porta-voz do governo, Pavlos Marinakis, porta-voz do Governo grego classificando os responsáveis como "criminosos comuns" que ameaçam a segurança e a integridade no desporto.
"Os autores destes crimes horrendos nada têm a ver com o desporto. ... São criminosos comuns que ameaçam e às vezes ceifam vidas humanas e destroem propriedades", afirmou.
O ministro da Administração Interna, Giannis Oikonomou, expressou determinação em lidar com a violência nos estádios. O recente confronto nas bancadas durante o jogo Volos-Olympiakos levou à interrupção da partida, provocando uma resposta firme do ministro.
"Este ataque não deve e não ficará impune. É uma questão de fazer cumprir a lei e a justiça. A polícia grega há muito tempo – tal como toda a nossa sociedade – tem pagado um preço elevado pela violência dos adeptos", garantiu.
A greve dos árbitros na Grécia reflete a preocupação crescente com a segurança e a integridade nos eventos desportivos, impulsionada pelos recorrentes casos de violência.
O adiamento dos jogos demonstra a necessidade urgente de medidas eficazes para garantir que o desporto permaneça uma celebração do talento e da competição, em vez de ser manchado por atos criminosos.