Aprígio Santos, ex-presidente da Naval 1º de Maio, juntamente com a Naval SAD, enfrentaram recentemente sérias acusações de abuso de confiança fiscal, culminando em condenações distintas que refletem os desafios éticos no desporto e na gestão empresarial.
Aprígio Santos, figura notória no panorama futebolístico nacional, foi sentenciado a uma pena suspensa de dois anos. A decisão judicial veio após o ex-dirigente ter sido acusado de não cumprir com as obrigações fiscais, falhando na entrega ao Estado de montantes significativos – mais de 860 mil euros em IVA e IRS, acumulados entre 2011 e 2013.
Paralelamente, a Naval SAD, a entidade que gere o clube da Figueira da Foz, também não escapou às repercussões legais.
O coletivo de juízes impôs uma multa total de 24 mil euros, correspondente a 240 dias de multa a 100 euros por dia. Este veredicto ressalta as responsabilidades fiscais das organizações desportivas e as consequências do seu incumprimento.
Durante o julgamento, evidenciou-se que, apesar de afastado devido a problemas de saúde, Santos manteve uma posição de influência e decisão na Naval SAD, contrariando as alegações de um distanciamento operacional.
No entanto, o tribunal decidiu absolver Santos num processo conexo envolvendo a Haute Fashion, uma empresa relacionada com a sua esposa, reconhecendo a falta de envolvimento direto do ex-presidente nas decisões desta.
A condenação de Santos e a multa aplicada à Naval SAD representam um marco na luta contra práticas fiscais irregulares no desporto, reforçando a mensagem de que responsabilidades legais e éticas não devem ser ignoradas.