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"As oportunidades foram todas para Francisco Conceição e Gonçalo Borges deixou de existir"

Na órbita desportiva do FC Porto, a ascensão fulgurante de Francisco Conceição parece ter lançado uma sombra sobre Gonçalo Borges, refletindo-se numa redução significativa do tempo de jogo deste último.

"As oportunidades foram todas para Francisco Conceição e Gonçalo Borges deixou de existir"
FC Porto

"Eu acho estranho o Gonçalo ter poucos minutos, ou tão poucos minutos"

Diogo Luís, antigo jogador do Benfica e agora comentador desportivo na CNN Portugal, expressou recentemente a sua perplexidade face à escassez de oportunidades concedidas por Sérgio Conceição a Gonçalo Borges.

No entender de Diogo Luís, a performance inicial promissora de Gonçalo Borges, no início da época, merecia uma continuidade mais consistente. A chegada de Francisco Conceição alterou a dinâmica, com o jovem apropriando-se da maioria das oportunidades em detrimento de Borges.

"Eu acho estranho o Gonçalo ter poucos minutos, ou tão poucos minutos, porque a verdade é que no início da época deu muito boas indicações", começou por defender Diogo Luís.

"Depois, com a chegada de Francisco Conceição, parece que as oportunidades foram todas para Francisco Conceição, e Gonçalo Borges deixou de existir", observou.

"Não estou com isto a dizer que o Francisco é beneficiado ou não, porque ele teve um bom rendimento"

O agora comentador da CNN Portugal destaca a capacidade de agitar o jogo de Gonçalo Borges, realçando os seus 282 minutos em campo, nos quais se revelou frequentemente determinante.

"Agora, eu acho que os dois podiam ter tido muito mais minutos, porque é um jogador que agita muito o jogo. 282 minutos. A assonância de Francisco agita muito o jogo", frisou.

"Nesses 282 minutos foi quase sempre importante, foi quase sempre determinante, mexeu com o jogo. Jogou um jogo a titular e eu acho que isso é o que o penalizou, porque nunca mais voltou a ser opção até agora, aos últimos dias", destacou o comentador.

A análise de Diogo Luís ressalta a versatilidade de Gonçalo Borges, capaz de desempenhar diversas funções no campo.

Apesar de uma experiência menos bem-sucedida num jogo específico, onde foi deslocado para uma posição menos familiar, o comentador destaca que, na sua posição original como extremo, Borges revela ser um jogador capaz de desequilibrar a favor da equipa azul e branca.

"Foi o jogo contra o Estrela da Amadora em que Sérgio Conceição mudou, mexeu para três centrais e ele fez a ala e as coisas não correram bem efetivamente", lembrou Luís.

"Mas isso também não é a sua posição, é uma posição nova. A verdade é que quando joga na sua posição a extremo, é claramente o jogador que desequilibra.

"E volto a dizer, não sei porque é que ele não tem mais minutos"

Diogo Luís levanta a questão da falta de minutos para jogadores como Francisco Conceição, Galeno, Ivan Jaime e o próprio Gonçalo Borges, apontando para um potencial subaproveitamento destes ativos valiosos.

"Francisco Conceição, Galeno, o próprio Gonçalo, o Ivan Jaime, eu acho que eram os jogadores que podiam ser muito mais aproveitados e que não estão a ser. Lá está, é a diferença entre contratações e reforços", defendeu o antigo jogador do Benfica.

A diferenciação entre contratações e reforços surge como uma reflexão pertinente, destacando que Gonçalo Borges, oriundo da equipa B, merece uma oportunidade mais prolongada para demonstrar a sua qualidade.

"Eu acho que o Gonçalo, desde o início se mostrou que era um grande reforço que vinha da equipa B. Agora, a venda, alguém que o queira comprar e com uma opção de compra de 20 milhões, não deixa de ser interessante, que Sérgio Conceição não o vai deixar sair", rematou.

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