André Villas-Boas, candidato à presidência do FC Porto, quebrou o silêncio sobre a "Operação Pretoriano", investigação em curso sobre os incidentes na Assembleia Geral de 28 de dezembro de 2022.
André Villas-Boas, antigo treinador e candidato à presidência do FC Porto, pronunciou-se pela primeira vez sobre a "Operação Pretoriano", uma investigação do Ministério Público Português que incide sobre actos de violência e coação durante a Assembleia Geral Extraordinária do clube, ocorrida a 13 de novembro de 2023.
As declarações foram proferidas à margem da apresentação de José Pereira da Costa como futuro responsável financeiro da SAD do FC Porto, caso a lista liderada por André Villas-Boas saia vitoriosa nas eleições.
"Fica agora evidente que um número elevado de sócios foi coagido e agredido. Felizmente, graças à intervenção do Ministério Público e não do Conselho Fiscal e Disciplinar do FC Porto conseguiram-se identificar outros agressores," declarou André Villas-Boas.
A "Operação Pretoriano" foi desencadeada após os tumultos registados na Assembleia Geral Extraordinária do FC Porto, que visava a discussão sobre a destituição de alguns membros do Conselho de Administração.
O incidente, que culminou com a detenção de 12 pessoas, incluindo Fernando Madureira, líder da claque Super Dragões, suscitou uma vasta investigação sobre crimes de violência, ameaça, coação e perturbação do exercício de funções.
Num gesto de solidariedade, André Villas-Boas estendeu um abraço aos sócios afetados pelos acontecimentos de 13 de novembro, contrapondo-se às palavras de Pinto da Costa, que expressou apoio a Fernando Madureira. "Gostava de mandar um grande abraço a todos os portistas. Um abraço de solidariedade a todos aqueles que foram coagidos e agredidos nesse dia".
A situação coloca o FC Porto sob escrutínio não apenas judicial, mas também desportivo, com a possibilidade de sanções pela Federação Portuguesa de Futebol (FPF), reflectindo a gravidade dos actos e a necessidade de uma postura firme contra a violência no desporto.