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O secretário de Estado da Juventude e do Desporto, Laurentino Dias, manifestou hoje o desejo de que “não haja perturbações naquilo que é a vida do futebol português nos próximos tempos”.
Laurentino Dias comentava assim a possibilidade de o Boavista reclamar um lugar na Liga principal no âmbito das recentes absolvições em sede do processo Apito Dourado, referindo, no entanto, que são as autoridades desportivas que gerem esse assunto.
“As autoridades desportivas, a Federação e a Liga, é que gerem esse dossier e sabem, como todos sabem, que o futebol português precisa de paz e tranquilidade para se afirmar no contexto difícil em que vivemos, quer no país, quer na Europa”, disse o membro do Governo.
Em relação a um eventual pedido de indemnização do Boavista ao Estado português na sequência de todo o processo, Laurentino Dias disse: “Não creio que o Estado tenha alguma coisa a ver com isso”.
Perante o cenário em que o clube se sinta prejudicado desportivamente com as decisões dos tribunais, Laurentino Dias reiterou que se vive num país em que “quem entende ter direito a ser ressarcido por qualquer facto pode fazê-lo por via judicial”.
Na terça feira, os Juízos Criminais do Porto absolveram Valentim Loureiro e o seu filho João Loureiro no processo do Apito Dourado relativo ao jogo Boavista-Estrela de Amadora de 3 de abril de 2004.
A magistrada considerou que o Ministério Público deduziu uma acusação apoiado em suposições.
Este é o único caso que chegou a julgamento de entre as 17 certidões extraídas do processo Apito Dourado de Gondomar visando diretamente Valentim Loureiro.
O processo Apito Dourado relaciona-se com suspeitas de corrupção e tráfico de influências no futebol e na arbitragem.
